O Estado de S. Paulo

Até hospital fecha com a cheia; Brigada Militar realiza resgate aéreo

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O hospital de Três Coroas, a 100 km de Porto Alegre, foi interditad­o ontem. Imagens gravadas em vídeo mostram áreas da Fundação Hospitalar Dr. Oswaldo Diesel tomadas pela água. Funcionári­os tentam caminhar com a água batendo no joelho. Em uma das salas, as cadeiras estão praticamen­te submersas.

“Nunca vi nada igual. Muitos estragos na cidade, carros sendo levados pela correnteza, lojas alagadas e pessoas em cima dos telhados das casas pedindo socorro”, afirmou o prefeito Alcindo de Azevedo. De acordo com Azevedo, cerca de 90% do município foi tomado pelas águas do Rio Paranhana, inclusive a região central, onde fica a Fundação Hospitalar Dr Oswaldo Diesel.

Na instituiçã­o, que foi alagada, com cerca de 1 metro de água, 30 pacientes que estavam internados na ala hospitalar tiveram de ser removidos, ainda pela manhã, para hospitais de outras cidades como Taquara, Parobé, São Francisco de Paula, Esteio e Sapiranga, no Vale dos Sinos – que também sofrem com as cheias.

RESGATE AÉREO. Um dos casos mais dramáticos ocorreu em Cruzeiro do Sul, no Vale do Rio Taquari. Um helicópter­o da Brigada Militar estava prestes a resgatar duas pessoas no telhado de uma casa quase totalmente submersa. Quando ambas estão a ponto de ser içadas, o imóvel é arrastado pela água. Apenas uma é resgatada.

Ao longo do dia, governos de Estados como Santa Catarina e São Paulo, além da Força Aérea Brasileira (FAB), enviaram equipes para auxiliar nas buscas e no atendiment­o aos afetados. Também organizaçõ­es, como a Conferênci­a Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lançaram notas, pedindo auxílio. Em alguns municípios, a chuva intermiten­te superou os 400 milímetros. A precipitaç­ão sem trégua dificulta o socorro, como destacou o governo do Estado. •

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