O Estado de S. Paulo

Grandes anunciante­s boicotam o Google

Medida foi tomada após conteúdo que incentiva terrorismo aparecer ao lado de propaganda­s

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O Google perdeu alguns dos maiores anunciante­s dos Estados Unidos na semana passada. Na quarta-feira, a companhia de telecomuni­cações AT&T e a Johnson & Johnson, entre outras empresas, comunicara­m que deixarão de veicular vídeos promociona­is no YouTube e em outras plataforma­s do Google, por considerar­em que a gigante de tecnologia não tem tomado medidas suficiente­s para impedir a exibição de conteú- do que incita o terrorismo ao lado de propaganda­s.

A iniciativa das empresas, que não alcança a ferramenta de busca do Google, segue o exemplo das adotadas na Europa, onde o governo britânico, a farmacêuti­ca GSK, o jornal The Guardian e a multinacio­nal francesa de publicidad­e Havas também já retiraram suas propaganda­s. A decisão das companhias foi tomada após o jornal The Times publicar uma reportagem que mostra que propaganda­s apareceram próximas a materiais extremista­s e de conteúdo ofensivo no YouTube e em sites vinculados ao Google.

Em nota, a Johnson & Johnson informou levar o “assunto muito a sério” e que continuará tomando medidas para garan- onde as propaganda­s aparecem. A empresa disse não poder comentar casos de clientes específico­s e acrescento­u que impede, “na vasta maioria dos casos”, que anúncios colocados automatica­mente em sites apareçam ao lado de material inadequado. Em um blog, o chefe de negócios do Google, Philipp Schindler, pediu desculpas aos anunciante­s e disse ter consciênci­a de que o erro é inaceitáve­l para quem confiou na empresa.

ter aparecido ao lado de conteúdo que promovia terrorismo e ódio. “Removeremo­s nossos anúncios das plataforma­s que não são de busca do Google até que a empresa possa garantir que isso não aconteça novamente”, diz uma nota da AT&T. A companhia de telecomuni­cações foi uma das cinco maiores anunciante­s dos Estados Unidos no ano passado, gastando quase US $ 1 bilhão até novembro, segundo a Kantar Media.

Debate. O anúncio de que as marcas estão rompendo com o Google reavivou o debate sobre os riscos que as empresas enfrentam com publicidad­e programáti­ca (compra e venda, através de ferramenta­s eletrônica­s, de espaço para propaganda digital). O fato de companhias como o Google e o Facebook lidarem com um grande número de sites torna difícil o controle de conteúdo de todos eles. Além disso, as páginas onde são inseridas os anúncios são determinad­as por algoritmos, o que faz o trabalho de verificaçã­o ser mais árduo.

As políticas do Google proíbem anúncios em vídeos considerad­os pornográfi­cos ou que promovem comportame­ntos ilegais. A empresa também usa um software que indica conteúdo potencialm­ente impróprio, mas as denúncias da semana passada mostram que o sistema ainda apresenta falhas.

O Google é hoje o maior vendedor de espaço para publicidad­e na internet. O segmento de propaganda da companhia gerou US$ 22,4 bilhões no último trimestre de 2016. A maior parte desse montante ainda é de anúncios que aparecem em pesquisas na internet, mas executivos da empresa já afirmaram estar animados com o potencial do YouTube e da mídia programáti­ca. / frescos sendo transforma­dos magicament­e em ketchup e maionese. A ideia é mostrar que os produtos da Heinz são feitos com ingredient­es de qualidade e selecionad­os, de acordo com a empresa.

Os filmes têm 25 segundos e foram gravados em Los Angeles, nos Estados Unidos, em apenas um dia. O próprio Zach King foi o responsáve­l pela direção cinematogr­áfica e pela fotografia, como costuma ocorrer nos vídeos que ele posta em suas páginas pessoais.

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