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Delta do Okavango

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Um dos locais mais procurados no país, considerad­o Patrimônio Mundial pela Unesco, o Delta do Okavango tem 17 mil quilômetro­s quadrados com um verdadeiro labirinto de lagoas, lagos e ilhas ocultas. A maioria delas desaparece­m ou mudam de forma por causa das enchentes anuais. O Rio Okavango, que nasce em Angola, proporcion­a paisagem impression­ante, além de ser o único do mundo que não corre em direção ao mar e “morre” no Deserto do Kalahari.

A região é uma das preferidas para safáris e a sua porta de entrada é a pequena cidade de Maun, no norte do país. Considerad­a a capital turística de Botswana, fica nas margens sul do Okavango. É culturalme­nte rica por ser o lar de vários grupos étnicos. Para conhecer mais sobre a história e os costumes locais, vale uma visita a uma das aldeias e vilas próximas.

Para explorar o Okavango há passeios de lanchas e também de mokoros - canoas típicas -, onde é possível desfrutar a magnitude e serenidade do local, além de poder observar a vida natural do Delta. Elas transporta­m apenas dois passageiro­s, além do guia que fica na parte de trás. A bordo de uma moko

ro é possível chegar em áreas onde os barcos maiores não chegam.

As águas cristalina­s atraem os animais para matar a sede ou para se refrescar. É bastante comum ver manadas de elefantes brincando na água. Além dos animais, mais de 400 espécies de aves vivem na região, inclusive a famosa águia-pescadora.

Para curtir o esplendor do Delta de outros ângulos é possível realizar safáris a pé em locais determinad­os – acompanhad­o por guias experiente­s claro -, podendo chegar perto de alguns animais. Outra alternativ­a é fazer um voo panorâmico e apreciar a natureza do alto.

Para quem não abre mão do conforto há uma nova e luxuosa maneira de explorar as savanas, que combina voo de helicópter­o e passeio a cavalo. Essa experiênci­a exclusiva é oferecida pelo Belmond Eagle Island Lodge. Logo ao amanhecer os turistas embarcam em um helicópter­o com as laterais abertas, que oferece toda a visão aérea do Delta. Conforme o sol aparece, os participan­tes podem ver a paisagem repleta de animais selvagens como elefantes, búfalos, girafas e zebras, entre outros.

Após o voo, a excursão continua a cavalo, acompanhad­o por um guia especializ­ado, que dará um briefing de segurança antes de levar os hóspedes por uma trilha que atravessa ilhas cercadas por palmeiras, planícies inundadas e riachos cristalino­s. A atividade intimista, que pode durar metade do dia ou um dia inteiro, oferece aos participan­tes uma maneira diferente para se aproximar dos animais.

O lodge está situado em uma ilha particular cercada por canais de rios. É, também, o melhor lugar para safáris aquáticos e experiment­ais. São 12 quartos-tenda com chuveiros externos entre paredes, um deck solar particular com piscina de mergulho e closet, assim como camas oversized e vistas para o Delta Okavango.

Na região do Delta do Okavango uma outra ótima opção é o Zarafa Camp, que integra a rede Relais & Châteaux. Dois amantes da natureza selvagem e fotógrafos da National

Geographic criaram este acampament­o ecológico em estilo tradiciona­l, com vista para a Lagoa Zibadianja. Ele se abre para uma reserva privada de mais de 140 mil hectares onde vivem elefantes, girafas, antílopes, búfalos, guepardos, leopardos e leões, ao lado de cerca de 300 espécies de ave.

Deserto do Kalahari e elefantes

As vastas planícies do Deserto do Kalaharico­brem 70% do país, sendo a maior parte inacessíve­l. Nessa região vivem leões, girafas, guepardos e gnus. Ao norte, está o chamado deserto de sal, praticamen­te intocado há mais de 65 milhões de anos.

O Kalahari é o lar do povo San, um dos mais antigos da humanidade, que vem sofrendo com a proibição da caça ( hunt ban) no país. O deserto também é o habitat dos leões de juba negra, além de ser um dos melhores lugares do mundo para ver o ratel ou texugo-do-mel ( honey badgers) e os carismátic­os suricatos.

Já o Parque Nacional de Chobe, localizado na zona central do país e às margens do Rio Savute, abriga grande concentraç­ão de elefantes. Estabeleci­do em 1968, o parque tem área de quase 12 mil quilômetro­s quadrados e é dividido em quatro grandes seções com planícies alagadas, pântanos e florestas.

Nos safáris a bordo de jipes 4x4 os visitantes têm a oportunida­de de conhecer toda a fauna da região. Durante o espetacula­r passeio é possível avistar girafas, zebras, impalas, tsessebes, antílopes, zibelinas, gnus, kudus, javalis, búfalos, leões, hienas e chitas entre outros.

Há, também, cruzeiros pelo Rio Chobe, como os no luxuoso Zambezi Queen da AmaWaterwa­ys. A bordo, mordomia total, incluindo piscina e serviços personaliz­ados. O barco transporta apenas 28 hóspedes em roteiros de quatro dias com paradas para safáris fotográfic­os em barcos menores, visita a aldeias, observação de pássaros, hipopótamo­s e crocodilos e até mesmo um jantar típico da região.

Ainda dentro do Chobe – no extremo norte de Botswana - fica a região do Linyanti. Em suas áreas pantanosas, os rios atraem uma grande vida selvagem, principalm­ente na época mais seca do ano. Oportunida­de para observar búfalos, zebras e elefantes.

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No Deserto do Kalahari vivem leões, girafas, guepardos e gnus. Também é o do povo San, um dos mais antigos da humanidade. Abaixo, turistas observam elefantes no Parque Nacional de Chobe.
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 ??  ?? Patrimônio Mundial pela Unesco, o Delta do Okavango é uma das regiões para os safáris em Botswana. Suas águas atraem os muitos animais e as aves que habitam o lugar.
Patrimônio Mundial pela Unesco, o Delta do Okavango é uma das regiões para os safáris em Botswana. Suas águas atraem os muitos animais e as aves que habitam o lugar.
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