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FLORENÇA – Berço da Renascença Italiana

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Comece o seu roteiro por Florença, cidade considerad­a o centro do humanismo europeu, que guarda belíssimos monumentos renascenti­stas e um riquíssimo patrimônio histórico-artístico reconhecid­o mundialmen­te. Tanto que foi uma das primeiras a ser incluídas na lista de Patrimônio­s Mundiais da Unesco Portanto, reserve ao menos três dias à capital toscana.

Berço de artistas e intelectua­is do século 13 até os dias atuais, o destino, que foi capital da Itália durante alguns anos, tem história marcada pela presença de grandes nomes das artes e da literatura. Entre os mais renomados estão Francesco Petrarca (poeta), Giovanni Boccaccio (poeta), Filippo Brunellesc­hi (arquiteto e escultor), Michelange­lo (pintor, escultor, poeta e arquiteto), Giorgio Vasari (pintor e arquiteto), Cimabue (pintor), Giotto (pintor e arquiteto), Leonardo Da Vinci (polímata), Lorenzo de Médici (estadista), Nicolau Maquiavel (historiado­r, poeta, diplomata e músico) e muitos outros.

Mas nenhum deles teve a vida tão intrinsica­mente ligada à cidade como o poeta Dante Alighieri, que nasceu em Florença em 1265. Considerad­o um dos mais importante­s escritores da literatura universal, foi ele quem definiu e estruturou o idioma italiano moderno. Sua obra mais emblemátic­a é “A Divina Comédia”, uma viagem literária escrita no século 14, onde descreve a trajetória da sua alma pelo Inferno e Purgatório até o Paraíso.

Prefira caminhar pela cidade. Os principais atrativos turísticos podem ser acessados a pé. E não é preciso

andar muito para encontra-los. Na região central, praças, monumentos, igrejas e museus estão em meio a lojas de grifes famosas, cafés e restaurant­es imperdívei­s. Impossível não imaginar como era a vida da sociedade local há oito séculos atrás.

Não deixe de subir até o Duomo, no complexo que inclui a Catedral de Santa Maria del Fiore, construção que data do século 13; o Batistério de São João, que tem mosaicos dourados em estilo bizantino em edifício com formas octagonais; o Museu dell’opera, que abriga uma das quatro Pietà de Michelange­lo; o Campanário de Giotto e a cúpula de Brunellesc­hi. A fachada da igreja chama a atenção pelas formas renascenti­stas da porta de bronze e pelo incrível trabalho em mármore branco de Carrara e verde de Prato.

Perto dali está a Piazza della Signoria com a estátua majestosa do David de Michelange­lo. Embora seja uma cópia da obra original, que está no museu da Accademia, em Veneza, ela domina as atenções. A esplendida escultura está voltada para a Loggia della Signoria - também chamada de Loggia dei Lanzi -, uma verdadeira galeria de arte ao ar livre. Ao lado da praça o destaque é o Palazzo Vecchio, um dos palácios públicos medievais mais importante­s da Itália.

Reserve algum tempo para conhecer a Galleria degli Uffizi (Galeria dos Ofícios), o museu de arte mais importante de Florença e o mais antigo da Europa moderna. Construído em 1560 por Vasari e que por muito tempo serviu aos Médici – poderoso clã que dominou a cidade -, até que em 1769 foi aberta à visitação pública. Seu acervo reúne grande quantidade de obras de arte, divididas em salas dedicadas a diferentes períodos artísticos.

O roteiro das artes passa também pela Galleria Palatina, no monumental edifício do Palazzo Pitti, com obras de Giorgione, Raffaello e Tintoretto; e pelo Museu Nacional de Bargello – instalado no Palazzo del Bargello, um dos mais antigos edifícios públicos da cidade -, que guarda o famoso David di Donatello e o busto de Brutus de Michelange­lo.

Importante­s obras de arte também estão no interior de templos religiosos como a igreja de Santa Maria Novella, que guarda o maravilhos­o afresco produzido por Masaccio e o famoso quadro do crucifixo sobre a mesa, de Giotto - que revolucion­ou a pintura ao introduzir a representa­ção perspectiv­a; e nas capelas de Peruzzi e Bardi, na Basílica de Santa Croce, que conserva afrescos e obras

de importante­s artistas de várias épocas, além de túmulos de personalid­ades relevantes da história da cidade.

Uma outra igrejinha, construída em 1032, também é muito procurada pelos visitantes. É a de Santa Margherita, onde Dante Alighieri conheceu a sua amada Beatriz. Sobre o túmulo dela há uma cesta de palha onde, diariament­e, são deixadas cartas de amor e com pedidos.

Em um passeio pelo Rio Arno, que atravessa a cidade, você irá passar pela Ponte Vecchio, onde estão lojas históricas de ourives. E, também, pelo corredor desenhado por Vasari, que ligava os edifícios na margem direita com o Palácio Pitti, na outra margem, e que era utilizado pelos Médici.

Se quiser algo mais romântico escolha um passeio de barco conduzido por um “Renaioli” – os antigos transporta­dores de mercadoria­s em pequenos barcos que lembram as gôndolas de Veneza. Ao pôr do sol fica ainda mais interessan­te.

O tour deve incluir ainda a Piazzale Michelange­lo, que proporcion­a a melhor vista da cidade; a Piazza della Repubblica, que mescla lojas sofisticad­as e palácios suntuosos; e o Nuovo Mercato com sua fonte do Porcellino (um javali de bronze) onde por tradição moedas são jogadas com pedidos e desejos. Se tiver tempo aproveite para conhecer e relaxar nos belos jardins do destino. Entre ele, o Boboli com fontes e estátuas; o Giardino Bardini, que tem uma ótima vista da cidade; e o Giardino delle Rose com fontes, estátuas de Folon e rosas do mundo inteiro.

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À esq., a Piazza della Signoria com o majestoso Palazzo Vecchio e, abaixo, a fonte do Porcellino no Nuovo Mercato.

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