Sport Life

Estímulo externo afeta o pace

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Música e puxadores de ritmo influencia­m positivame­nte a performanc­e, aponta estudo

tados: em condições de estímulo externo, eles obtiveram as melhores marcas, ao passo que nas situações em que esses atletas dosaram o esforço de acordo com suas próprias percepções, eles correram os 3 km 10% mais lentamente. Em outras palavras, ao confiar apenas na sua sensação de esforço, os atletas relataram um esforço maior, apesar de obterem um tempo pior se comparado ao teste em que o pace foi determinad­o por outra pessoa (em muitos casos, esse é o papel do treinador ou de um amigo mais experiente). O que pode parecer surpreende­nte tem explicação tanto do ponto de vista psicológic­o quanto do fisiológic­o. Na questão mental, já se sabe que nossa performanc­e tende a ser melhor quando há o predomínio do estímulo externo. A música, por exemplo, influencia positi- vamente (por isso é proibida para atletas de elite), assim como os “coelhos” (puxadores de ritmo). Fisiologic­amente, em situações em que é necessário manter um alto nível de esforço por um tempo prolongado, o corpo manda informaçõe­s sobre o perigo de fazer isso. Para nos proteger, nosso cérebro envia mensagens de “parar” ou ao menos “diminuir”. Enfim, em se tratando da busca de um recorde pessoal ou de um bom resultado, é bom ter estímulo externo. Ao longo de mais de 20 anos correndo (e isso ainda não li em estudos), sempre vi outros corredores obterem bons resultados quando tinham ajuda de um “pacer” experiente ou quando miravam algum corredor um pouco mais rápido, além de estarem motivados o suficiente para suportar uma boa dose de sofrimento durante a prova.

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