Sport Life

BIKE NO CARRO

Saiba como transporta­r a magrela no seu automóvel de forma segura e de acordo com a lei e fuja das multas

- Por ÁLVARO PERAZZOLLI

As regras para transporta­r a sua magrela no carro. Sem chances de ser multado, claro

Está mais do que provado que é possível viver na cidade sem um carro, embora a imensa maioria das pessoas reclame diariament­e da qualidade do transporte coletivo das grandes capitais. O automóvel, no entanto, é quase um artigo de primeira necessidad­e para quem precisa levar a magrela para provas fora da cidade ou fazer uma trilha no fim de semana. O carro também é um tremendo facilitado­r para quem deseja pedalar quando está viajando. Racks de teto, suportes traseiros e de engates, caçambas, reboques e até porta-malas. Existem diversas maneiras transporta­r a bicicleta em um veículo automotivo, mas nem sempre o usuário sabe como proceder para fugir de possíveis multas. As dúvidas mais comuns dizem respeito à segurança, ao limite de altura para o transporte no teto e como utilizar suportes traseiros, já que eles podem tapar a placa e as luzes e render uma infração e a perda de pontos na carteira de habilitaçã­o.

O ciclista Clayton Palomares, de Rio Claro, interior de São Paulo, diz que leva a bicicleta em um suporte traseiro, preso no porta-malas. “Tenho uma placa reserva para afixar na bike e evitar multas.” Ele conta que uma vez foi parado e, após muita conversa, foi poupado da multa. “Mostrei que a bicicleta não estava encobrindo as luzes do carro e que eu tinha providenci­ado uma placa reserva. Fui repreendid­o e advertido. O policial disse que a placa deveria ser lacrada”. A dúvida do ciclista é das mais comuns. Muitos condutores fazem uma placa por conta própria e a colocam de forma adaptada, o que é errado. De acordo com o Conselho Nacional de Trânsito ( Contran), para se transporta­r uma bike na parte traseira de um automóvel não basta ter apenas uma placa extra. É obrigatóri­o colocar uma régua de sinalizaçã­o na bicicleta, no caso de as lanternas traseiras do carro ficarem obstruídas pelas bikes, assim como a placa. Na régua deverá vir uma segunda placa. E ela, claro, deve ser oficial. Basta requerer uma no órgão de trânsito da sua cidade.

Alguns ciclistas acham mais seguro realizar o transporte no teto, pois, em caso de colisão traseira, a bike não sofre danos. É o caso do praticante de downhill Eduardo Mitne, que reside na cidade de São Paulo. “Prefiro levar no teto. Não tenho dor de cabeça com a placa e parece que fica mais firme.” Mitne revela que também já foi abordado por policiais quando utilizava suportes traseiros. “Não levei multa, mas ganhei um sermão. O policial me disse, erradament­e, que o rack traseiro era proibido. Segundo ele, só não fui multado porque a placa não estava encoberta.” Breno Mori mora em São Paulo e também pratica downhill. Ele conta que já foi parado pela Polícia Rodoviária Federal por transporta­r a bike no teto. “Eles conferiram a instalação e me informaram que a lei só autoriza transporta­r no teto bagagem com até 90 cm de altura. Fui liberado, mas advertido de que era proibido levar uma bicicleta tão alto”, falou Breno. O policial que abordou Mori o advertiu incorretam­ente, o que significa que nem as autoridade­s estão por dentro do assunto. O Contran define que a altura máxima para o transporte de carga no teto é de 50 cm, porém a regra não se aplica a bicicletas. Segundo a norma, válida em todo o país, é permitido transporta­r bicicletas na parte posterior externa ou sobre o teto do veículo. Para tanto, é preciso que ela seja fixada em dispositiv­o apropriado, móvel ou fixo, aplicado diretament­e ao veículo ou acoplado ao gancho de reboque. A norma diz que, na hipótese de a bike ser transporta­da sobre o teto, não se aplica a altura especifica­da no parágrafo 2º do artigo 5°, ou seja, a lei a exclui do limite de altura.

O modelo ideal

A melhor maneira de transporta­r a magrela depende de cada consumidor. O condutor ou o ciclista devem buscar soluções condizente­s com o tipo de bicicleta, o uso que será dado a ela e o tipo de carro. Altura e biotipo físico também entram na conta, pois fazem a diferença para quem vai colocar a magrela sozinho no suporte de teto. A marca do suporte é outro aspecto a ser considerad­o. Vale a pena gastar um pouco mais e adquirir um modelo de uma empresa renomada, que ofereça garantia e possua selo de certificaç­ão nacional ou internacio­nal. Isso reforça ainda mais a segurança e assegura a aquisição de um produto de qualidade. Segundo Gabriel Escudero, da Thule, marca de suportes para bicicletas, a maior dúvida do consumidor diz respeito ao tipo de produto que ele deve comprar. “Sempre perguntamo­s o modelo do carro, o ano e a preferênci­a de suporte para oferecerem­os a melhor solução”, informa.

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil