RODRIGO LOBO
Rodrigo Lobo participou de duas provas de Ironman em 2016 e mostra que disciplina, dedicação e foco são o segredo para superar limites, seja qual for o seu objetivo
O triatleta e treinador conta a experiência de participar de dois Ironman em Kona
Quem vê Rodrigo Lobo dando um show de performance como atleta e treinador, nem imagina que ele teve infância e adolescência sedentárias. Então, aos 13 anos, começou a nadar. Já condicionado, mas ainda lutando contra o sobrepeso, aos 15 decidiu correr. “Minha evolução foi muito rápida: aos 17 anos, já havia corrido uma maratona e muitas outras provas de corrida de rua”, lembra. O triatlo já estava na vida do jovem atleta, mas de forma desconexa – treinava spinning na academia, fazia aquatlon ( natação e corrida), mas nunca havia integrado as três modalidades para um desafio específico. “Percebi que levava jeito para o triatlo, pois não era incrivelmente bom em todas as modalidades, mas me destacava na corrida”, explica. Realizado com os benefícios que o esporte lhe conferiu, Lobo decidiu estudar educação física para entender a área e, claro, ajudar as pessoas a obterem essa mesma satisfação. Assim, em 2004, criou uma assessoria em sociedade com um amigo, que perdurou por quatro anos; em 2009, fundou sua própria, a Lobo Assessoria Esportiva. Pelas suas contas, acredita que já treinou cerca de 600 atletas.
IRONMAN FLORIANÓPOLIS: ESTREIA QUE RENDEU CLASSIFICAÇÃO PARA KONA
“Fiz minha primeira prova de triatlo em 2001, e só fui participar de um Ironman 13 anos depois, em 2014. Precisava ter certeza de que o físico, emocional e mental estavam realmente preparados para um triatlo de longa distância”, conta. “Fui classificado logo na minha estreia, o que me deu bastante visibilidade como atleta, pois já era bem reconhecido por meus feitos em triatlos menores”, completa. No mundial de Kona (Havaí), em 2014, colheu mais louros: completou a prova em menos de 9 h, sendo o oitavo melhor amador e 21º colocado geral na prova. Dois anos depois e com vontade de outro desafio como o Ironman, repetiu a experiência em Florianópolis e novamente obteve a classificação para o mundial. “Dessa vez, curti muito mais a prova, fiz mais pelos outros do que por mim mesmo. Foi uma vivência maravilhosa. Não há nada mais gostoso e recompensador do que chegar ao final com muito sucesso e podendo dizer duas coisas: que tudo valeu a pena e qual será o próximo desafio”, recorda. Na sequência, o Ironman 70.3 do Rio de Janeiro (prova que corresponde à metade da distância do Ironman).
Uma prova de Ironman é composta de 3,860 km de natação, 180,25 km de ciclismo, 42,2 km de corrida.