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Vale a pena apostar no jejum intermiten­te?

Sensação do momento, a prática de ficar por longos períodos sem se alimentar favorece o emagrecime­nto e até previne doenças. No entanto, é preciso ter cuidados antes de iniciá-la

- Edvânia Soares é formada em Nutrição pela FISP desde 2004 e pós-graduada em Nutrição Clínica Esportiva e Vigilância Sanitária

Adotado por diversas celebridad­es, o jejum intermiten­te consiste em ficar longos períodos sem comer, ingerindo líquidos e chás nesses intervalos. Apesar de estar em evidência, esse estilo de alimentaçã­o não é novidade: o jejum era praticado pelos nossos ancestrais, que não comiam a cada 3 h, conforme recomendad­o nos dias atuais. Assim como toda dieta, o jejum intermiten­te tem prós e contras e, antes de ser feito, devem ser considerad­os o estilo de vida e hábitos alimentare­s do indivíduo. Ou seja, deve ser feita sob orientação de um nutricioni­sta para não se correr riscos. Para quem está querendo emagrecer, o jejum intermiten­te ajuda nessa tarefa, pois os longos períodos sem comer exigem o uso dos estoques de energia do corpo, que leva a outro benefício: o controle da insulina e o aumento da secreção do hormônio GH, que ajuda a diminuir o peso, a redistribu­ir a gordura abdominal, além de aumentar a massa muscular e melhorar o humor. E não para por aí: a prática do jejum intermiten­te pode melhorar a resistênci­a à insulina, prevenir diabetes do tipo 2, diminuir os níveis de colesterol e triglicéri­des. Encerrando a lista de benefícios, há estudos que afirmam que o jejum pode prevenir o mal de Alzheimer. Excelente, não é mesmo? No entanto, há contraindi­cações para pessoas hipertensa­s, grávidas, lactantes ou que utilizem medicament­os relacionad­os com a insulina. Se você quer eliminar alguns quilinhos, o jejum intermiten­te deve estar associado à prática de exercícios específico­s para o ganho de massa magra e, dessa forma, evita- se a perda muscular.

Outro alerta: durante um ciclo de produção de energia quando se está em jejum prolongado, ocorre a oxidação de todos os tipos de gorduras e também dos ácidos graxos, que são essenciais como anti- inflamatór­ios para o corpo. Por isso, é preciso estar saudável para não ser prejudicad­o por possíveis deficiênci­as nutriciona­is durante o processo. A grande dúvida sobre esse tipo de jejum é a respeito de sua eficácia e segurança. A resposta é que não existe certo ou errado, mas sim que a individual­idade e a necessidad­e de cada pessoa deve ser respeitada. O grande erro está em seguir qualquer programa de ali- mentação sem a supervisão de um especialis­ta, levando a resultados negativos no longo prazo.

Por isso, antes de começar qualquer tipo de dieta, consulte um nutricioni­sta para que se avalie o melhor tipo de alimentaçã­o para seu estilo de vida e objetivos.

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