A Nacao

Criadores preocupado­s com morte repentina de bovinos

- Silvino Monteiro

Os agricultor­es no interior de Santiago estão animados com a queda de fortes chuvas registadas no início deste mês de Setembro em toda a ilha facto que veio renovar a esperança dos camponeses e da população em geral num bom ano agrícola. Em diferentes ponto da ilha, as plantas já estão na fase floração e reprodução. Porém, a grande preocupaçã­o continua a ser a praga da lagarta do cartucho de milho que está a dizimar os cultivos.

As fortes chuvas registadas no início deste mês de Setembro trouxeram uma nova esperança para os camponeses do interior de Santiago que já estavam com receio de perder a sementeira – pela terceira vez este ano, depois de três anos consecutiv­os de seca, ou seja, desde 2017.

Mas, com a queda de fortes chuvas durante os dias 5, 6, 7 e 8 deste mês, os agricultor­es respiram de alívio e perspectiv­am um bom ano agrícola. Dizem que a chuva “veio em boa hora”, uma vez que, para além de germinar as sementes nas zonas que ainda não tinha chovido”, vai, também, matar muitas pragas, nomeadamen­te: gafanhotos e “vários outros bichos”, que estão a dizimar o cultivo do milho, sobretudo, nas zonas altas.

Santa Catarina e São Lourenço dos Órgãos

O agricultor António Monteiro, natural de Achada Falcão, no concelho de Santa Catarina, confessa que essa chuva trouxe um novo alento para os homens do campo.

“Estava com receio de perder a sementeira, pela terceira vez. Mas Deus socorreu-nos no momento certo. Esta é a chuva mais forte registada depois de três anos consecutiv­os de seca. Por isso, vai resolver muitos problemas, nomeadamen­te pragas e falta de água nas nascentes”, manifesta.

Por seu turno, Carlos Tavares, de São Lourenço dos Órgãos, afirma que muitos agricultor­es “estavam desanimado­s”, mas avança que, com a queda das chuvas, de Domingo, 6 de Setembto, homens e mulheres voltaram ao campo para refazer as sementeira­s. “Já tínhamos semeado com a queda das primeiras chuvas, registadas em Agosto, mas acabaram por secar. Agora, o chão já está bem molhado, e vamos semear com ânimo”, sustenta Tavares.

Situação actual

O cenário agrícola no interior de Santiago apresenta duas situações distintas: nas regiões altas e húmidas dos concelhos de Santa Catarina e de São Salvador do Mundo (Picos), São Lourenço dos Órgãos, São Miguel e Tarrafal, os agricultor­es já estão a fazer a “ramonda” (segunda monda), estando as plantas na fase de floração.

Mas, nas zonas baixas e áridas alguns camponeses estão a semear pela primeira vez este ano e outros a refazer sementeira pela segunda e terceira vez. Conforme os agricultor­es os atrasos devem-se, por um lado, à demora na queda de chuvas suficiente­s para germinar as sementes e, por outro lado, devido à invasões de macacos e galinhas do mato, conhecidas por “peladas” no interior de Santiago.

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