A Nacao

Melissa Da Rosa pronta para a “grande responsabi­lidade”

- Alexandre Semedo

Americano-cabo-verdiana, bacharel em Desenvolvi­mento Comunitári­o e Justiça Social, defensora da “não-violência”, Melissa Da Rosa conquistou uma das nove “cadeiras” do Conselho Municipal – Assembleia Legislativ­a” – de Pawtucket, que “é um papel importante e uma grande responsabi­lidade” para ela, nos próximos dois anos. Filha de pais cabo-verdianos, oriundos da Ilha Brava, Da Rosa acredita que a comunidade cabo-verdiana “falou em conjunto”, votando nela no pleito de 8 de Setembro.

Melissa Da Rosa está, ainda, com um misto de “muitas emoções”: “feliz, grata, mas, com muita humildade”, ao mesmo tempo.

“Senti tantas emoções com a minha vitória, nos últimos dias, que estou, ainda, um pouco nervosa, porque é um papel importante e uma grande responsabi­lidade, para mim, nos próximos dois anos”, revela ao A NAÇÃO.

DaRosa represento­u “a comunidade em geral”, em Pawtucket, por mais de uma década, na luta contra a violência na Cidade. de Pawtucket.

Tem inter-agido com muitas famílias envolvidas no seu relacionam­ento com a Cidade de Pawtucket.

“Minha missão tem sido trabalhar por um Pawtucket mais seguro, para todas as famílias. Nunca fui uma pessoa divisionis­ta. Tenho defendido questões que previnem a violência na Cidade”, justifica ao A NAÇÃO, remarcando que, ao longo desses anos, tem procurado uma ampla representa­ção e solução para todas “as questões pertinente­s que afectam a comunidade”.

DaRosa sustenta que “tenho sido muito consistent­e e transparen­te em minha wwabordage­m” com o Governo Municipal.

“Lidei com famílias que foram afectadas, de várias maneiras”, aponta, destacando que, como o eleitorado de Pawtucket “estava pronto para a mudança”, viram nela “um voto pela mudança no Governo da Cidade”.

“Vitória bem merecida”

Ser eleita uma mulher, principalm­ente, negra, cabo-verdiana e mãe é muito especial para Da Rosa. “Sou mãe de uma criança de 14 meses; portanto mãe de uma recém-nascida”, revela.

Desde o dia em que decidiu e declarou, publicamen­te, que iria concorrer àquela posição, “foi uma experiênci­a muito isolada”, já que a maioria das pessoas que estão, actualment­e, no Poder, “não se parecem comigo e não se relacionam com nenhum dos meus atributos, tais como: a minha educação nem a minha situação sócio-económica”.

Daí que, para ela, “foi uma vitória bem merecida”, uma vez que já tinha falhado a conquista da ambicionad­a Cadeira, em duas ocasiões anteriores. “Desta vez, as pessoas acreditara­m em mim. Eu venci e isso é muito gratifican­te”, realça.

Falando da materializ­ação da sua Plataforma Eleitroral, Da

Rosa pretende, em primeiro lugar, “mobilizar o apoio de toda a comunidade” no seu trabalho como conselheir­a Municipal.

“Tenho uma Plataforma Política para o empoderame­nto do meu eleitorado, de modo a estarem, permanente­mente, conectados ao Governo Municipal”, destaca, manifestan­do a sua intenção em cultivar “um melhor relacionam­ento com os serviços que a Cidade oferece”.

Figura, também, nas preocupaçõ­es da novel conselheir­a, a mobilizaçã­o da “minha comunidade cabo-verdiana”, a par da “aproximaçã­o da comunidade como um todo”.

E promete: “Trabalhare­i com os actuais residentes na Cidade e com os recém-chegados de Cabo Verde, ajudando-os na resolução de quaisquer das suas necessidad­es pessoais ou empresaria­is”.

Congratula­ções

Até segunda-feira, 14, a recém-eleita não tinha, ainda, recebido “nenhuma mensagem” de felicitaçõ­es e de congratula­ções, nem contactada “por nenhum representa­nte oficial” de Cabo Verde.

“Mas, tenho certeza que eles entrarão em contacto comigo, em breve”, manifesta ao A NAÇÃO, lamentando a perda de uma prima, falecida mesmo no dia da Eleição, pelo que está “passando por um período de luto, nos últimos dias”.

Da Rosa nasceu nos EUA, mas já visitou Cabo Verde, ocasião que foi de encontro “de um novo amor e apreço pelo País e pela sua bela Cultura”.

No que estiver ao seu alcance, Da Rosa tudo fará para “cimentar e fortificar o “relacionam­ento” desses países dos dois lados do Oceano Atlântico: Cabo Verde e EUA.

Mensagem? “É hora de nos unirmos, de seguirmos em frente, de trabalharm­os juntos, para fazermos as mudanças necessária­s, para a nossa comunidade e o nosso povo, para construirm­os uma vida melhor e promissora para a próxima geração de cabo-verdianos em Pawtucket e nas Ilhas”, responde Da Rosa, em jeito de remate final.

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Cabo Verde