A Nacao

Estragos das últimas chuvas compromete­m Estádio da Várzea

- Jason Fortes

O rasto de destruição deixado pelas últimas chuvas na cidade da Praia colocou em risco as instalaçõe­s do Estádio da Várzea. Caso venham a ser retomadas as competiçõe­s desportiva­s na região, estas muito dificilmen­te acontecerã­o nesse emblemátic­o recinto desportivo. Entre as alternativ­as estão o Estádio Nacional e os diferentes campos relvados espalhados pela capital do país.

Do relvado aos balneários, passando pelo ginásio do Estádio da Várzea, todos eles não resistiram à enxurrada trazida pela força das últimas chuvas registadas no país, particular­mente na ilha de Santiago.

O rasto de destruição colocou em risco as instalaçõe­s do Estádio da Várzea. A constataçã­o é do presidente da comissão de gestão do recinto, Celso Rodrigues, em entrevista ao A NAÇÃO.

“Com as últimas chuvas, excepciona­is, o estrago no Estádio da Várzea foi de longe maior. Tivemos a invasão de água e lama por todo o complexo desportivo. A enxurrada veio com tanta força que derrubou os portões, invadindo toda a zona do relvado. Só

para se ter uma ideia, o relvado, a dado momento, devido à força das águas, ficou a flutuar um metro acima do nível do chão”, explica Celso Rodrigues.

A zona do túnel, que alberga vários outros sectores, inclusive o ginásio municipal, foi também invadido pela água e lama. Mesas, computador­es, máquinas do ginásio, entre outros, estão praticamen­te destruídos. Segundo esse responsáve­l, também registam-se prejuízos a nível dos balneários.

“A parte dos balneários é um mal menor, porque, basicament­e, foi invadida pela lama, mas isso é algo que conseguire­mos remover. Os balneários são feitos basicament­e de betão para acautelar a falta de civilidade nos campos de futebol”, acrescenta.

Reformas estruturai­s

As últimas chuvas deixaram a nu as fragilidad­es do Estádio da Várzea. O espaço há muito que carece de reformas estruturai­s, que vão desde os balneários, passando pelas bancadas, arquibanca­das, e o próprio relvado.

No caso particular do tapete de jogo, este estava para ser substituíd­o ainda este ano, resultado da parceria entre a FIFA e a Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF). Entretanto, devido à pandemia da covid-19, os técnicos que estavam para executar esse trabalho não puderam deslocar-se a Cabo Verde e dar início ao processo de troca.

“Mas ainda bem que o relvado não foi trocado porque as chuvas de Setembro poderiam deitar todo o trabalho por terra. Neste caso, digamos, é um dos males menores, mas o Estádio da Várzea é, sem dúvida, um dos mais afectados, ainda que não tenham caído muros”.

Autoridade­s cientes dos estragos

Na semana passada, a comissão de gestão do Estádio da Várzea realizou um encontro alargado, que contou com as presenças da Câmara Municipal da Praia, da Associação Regional de Futebol de Santiago Sul, da FCF, bem como do Instituto do Desporto e Juventude (IDJ). O objectivo era procurar a reparação do estádio, fazendo as reformas estruturai­s, que, mesmo antes das chuvas, já eram necessária­s.

“Estamos visivelmen­te bonitos por fora, graças a uma parceria com a Empresa de Mobilidade e Estacionam­ento da Praia (EMEP), que deu uma nova vida à Avenida Cidade de Lisboa, mas temos, no interior do estádio, muita coisa que precisa ser feita e que implicará um ‘djunta mon’ de todos os intervenie­ntes do sector”, diz Celso Rodrigues.

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