Capital de contrastes, desigualdades e oportunidades
Omunicípio da Praia, que também alberga a capital de Cabo Verde, é uma das divisões administrativas mais antigas do arquipélago. Criado no século XVIII, quando a vila da Praia de Santa Maria foi elevada à categoria de cidade e, desde então, passou a ser a nova capital de Cabo Verde, substituindo a cidade da Ribeira Grande de Santiago.
Praia pertence ao grupo de municípios de Santiago Sul, a par da Ribeira Grande de Santiago e São Domingos. Hoje, com mais de 170 mil habitantes é a maior urbe do país e também o maior centro de migração interna e de estrangeiros.
Portugueses, vários cidadãos da Costa Africana, mas também muitos chineses que escolheram Cabo Verde e, em especial, Praia para viver, trabalhar e criar negócios. A capital assume-se assim como um centro de prestação de serviços, privados e públicos, concentrando os serviços do Estado e o centro das grandes decisões políticas, a par das grandes universidades e institutos públicos e privados de Educação do país.
Mas, a capital é muito mais que a vida política que a rodeia. Cidade de contrastes, desigualdades mas também de oportunidades, a pressão urbana cresce a passos largos na cidade da Praia, com inúmeros bairros clandestinos. Bairros que trazem enormes desafios ao nível da requalificação urbana, combate ao desemprego, especialmente jovem e combate à insegurança e criminalidade.
Dados do INE revelados em 2017 apontavam que a capital 44 mil e 79 agregados familiares, sendo que 91,8% da população já tinha acesso à eletricidade, 62,1% acesso à rede pública de água, 85,5% acesso a casa de banho e 85,2% acesso à rede de esgoto.
Em termos económicos, a Praia detinha em 2017 duas mil 616 empresas activas que geraram um volume de negócios que ronda os 111 milhões de escudos, enquanto em 2015 o PIB total da capital era cerca de 68 milhões de escudos.
Porém, em 2017 a taxa de desemprego da população da capital com 15 ou mais anos, era de 16,2%.