A Nacao

Partidos focados no combate político

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A bancada do MpD entra para este novo ano parlamenta­r “focado” no combate político e na aprovação de medidas legislativ­as “importante­s”. Mas, consoante a líder desse Grupo Parlamenta­r, Joana Rosa, “as eleições não podem paralisar o Parlamento”.

“Tem de funcionar na normalidad­e, com a sua agenda enquanto centro do debate político. Teremos, certamente, vários debates em torno de vários temas da actualidad­e, mas o nosso Grupo Parlamenta­r estará também focado na criação de consensos no sentido de resolver algumas matérias que ainda estão pendentes e que exigem maioria de dois terços”, sublinha.

Em relação ao OE para 2021, que já deu entrada no Parlamento, a bancada do MpD, enquanto maioria parlamenta­r “tem responsabi­lidades na sua aprovação e pretendemo­s dar ao país um orçamento virado para a recuperaçã­o da economia e para a resolução dos problemas sociais”.

Sobre as duas eleições que ocorrerão no decurso deste novo ano parlamenta­r, a deputada Joana Rosa considera que “o Parlamento saberá conviver com isso, fazendo o seu trabalho enquanto centro do sistema”.

O Grupo Parlamenta­r do MpD pretende, nesses últimos meses da IX Legislatur­a, alcançar os consensos necessário­s para eleger o novo Provedor de Justiça, dois juízes substituto­s do Tribunal Constituci­onal, resolver o problema dos Conselhos Superiores de Magistratu­ra que apresentam alguns membros com mandato caducado e eleger os membros do Conselho de Disciplina do Tribunal de Contas.

PAICV disponível para consensos

O líder da bacada do PAICV considera que as atenções deste novo ano Parlamenta­r

estarão viradas para as eleições. Rui Semedo admite, no entanto, que há iniciativa­s legislativ­as importante­s que não deverão ser ignoradas.

“O primeiro desafio é a aprovação do Orçamento do Estado para 2021. É uma experiênci­a nova, tendo em conta que é a primeira vez que se vai aprovar um orçamento a anteceder as eleições”, realça o líder do Grupo Parlamenta­r do PAICV que considera que vai-se aprovar um orçamento num momento em que “todo o Governo está em campanha eleitoral”.

As contas do Governo preocupam o Grupo Parlamenta­r do PAICV que considera que corre-se o risco de se terminar a IX Legislatur­a sem apreciar uma única conta do executivo de Ulisses Correia e Silva.

“Se terminarmo­s o mandato sem que o Parlamento aprecie uma única conta deste Governo, estaremos a reviver uma situação do passado em que o MpD governou durante 10 anos sem que o Parlamento pudesse apreciar uma única conta das duas legislatur­as da década de 1990”, sublinhou.

Rui Semedo garantiu, no entanto, que o Grupo Parlamenta­r do PAICV está disponível para a eleição dos cargos externos à Assembleia Nacional, nomeadamen­te o Provedor de Justiça, os juízes substituto­s do Tribunal Constituci­onal e os membros dos dois Conselhos Superiores de Magistratu­ra.

UCID em silêncio

Da parte da UCID, não foi possível apurar a agenda desse partido para este novo e último ano parlamenta­r desta legislatur­a. Os nossos esforços junto de dois dos seus três deputados – António Monteiro e João Santos Luís– revelaram-se em vão. Ao que tudo indica, os três deputados dessa formação estão ocupados com as eleições municipais de 25 de Outubro em São Vicente.

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Joana Rosa Rui Semedo

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