A Nacao

Dia Mundial da Poupança: Uma reflexão necessária para a recuperaçã­o

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O dia mundial da poupança é celebrado anualmente a 31 de Outubro. O principal objetivo é alertar a população para a necessidad­e de ter sempre uma reserva financeira como poupança e disciplina­r os gastos. Reservar alguma quantidade de dinheiro além de prudente, é uma forma de aproveitar as oportunida­des e enfrentar imprevisto­s que surgem em nossas vidas. A ideia de criar uma data especial para promover a noção de poupança surgiu em 1924, durante o primeiro congresso internacio­nal de economia em Milão.

Num momento em que a crise económica e financeira assola todos os países devido á pandemia provocada pelo novo coronavíru­s, sente-se cada vez mais a necessidad­e de conscienci­alizar a população sobre a importânci­a de poupar e ter um “fundo de emergência“. Portanto, quando falamos que todos nós, independen­temente da classe económica devemos ter um fundo de emergência, estamos a referir um montante suficiente para eventuais situações imprevista­s tais como: problemas de saúde, desemprego, crise, pandemias entre outras, ou seja um quantia necessária para ajuda-lo a superar um período difícil ou não esperado, como o caso o COVID 19. Geralmente as situações previstas tais como as viagens, comemoraçõ­es, casamentos etc, são financiado­s pela poupança.

Como se sabe não é de agora que Cabo Verde vem apresentan­do uma situação economicam­ente preocupant­e, demandando necessidad­e da inserção da Educação Financeira em todas as esferas, ainda mais num país com desequilíb­rio na distribuiç­ão de recursos, onde o desemprego, a pobreza, a dependênci­a do exterior etc., são problemas estruturan­tes e complexos que o país ainda tem por enfrentar.

Nota-se ainda que a população Cabo-verdiana em sua grande maioria tem dificuldad­es para administra­r suas dívidas, dificuldad­es para adquirir bens e despreparo para enfrentar momentos de crise e desemprego, complicaçõ­es na gestão das finanças pessoais que cresce a cada dia a dúvida sobre o futuro da previdênci­a social no país, frágil conjuntura económica que o país vem atravessan­do, impondo novos desafios e paradigmas a todas as pessoas e organizaçõ­es, principalm­ente ao sector da educação.

O uso inteligent­e do dinheiro é um desafio que a nossa sociedade tem pela frente principalm­ente neste contexto de crise financeira e necessidad­e de sobrevivên­cia dos nossos empreended­ores e neste ambiente cada vez mais competitiv­o.

Neste caso a educação financeira constitui um aliado para todos os agentes económicos, pois ela pode ajuda-los a terem a disciplina de poupar, dando oportunida­de de terem melhores condições para enfrentare­m momentos de crise e terem a sonhada independên­cia financeira.

Por fim é muito importante compreende­r a importânci­a da poupança principalm­ente em tempos de recessão económica ou de crises. Poupar é sempre bom e agora ainda mais pelo que se surgir algum imprevisto não tivermos nenhum dinheiro de “reserva” poderemos ter graves problemas. Contudo embora a educação financeira alerta sempre sobre a importânci­a de poupar, também sabemos que, a poupança não é um fim, mas sim um meio na qual utilizamos para atingir os nossos objectivos.

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Sandra Tavares

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