Mais barato voar para Cabo Verde

Mário Almeida, director da CVCS, não tem dúvidas de que com a entrada dessa empresa o cabo-verdiano só sai a ganhar. “Desde que anunciámos as operações nunca tínhamos visto as tarifas baixarem tanto, em cinco dias.”

“Estou contente porque neste momento ir a Cabo Verde, a partir de Lisboa, é mais barato do que ir de Lisboa ao Porto ou à Madeira. Cabo Verde é a segunda casa da TAP, Madeira e Porto são as primeiras casas, mas, no entanto, ir a Cabo Verde, cinco dias depois do nosso anúncio, é mais barato do que ir ao Porto”, acrescenta.

Almeida confirma que a CVCS não é uma companhia aérea, mas um agregador de serviços aéreos que distribuiu ao mercado e que tudo irá acontecer em respeito às leis cabo-verdianas. “Os voos são nossos e somos nós que os contratamos”.

Garante que a CVCS não tem medo de nada e que o Estado de Cabo Verde “não tem nenhuma participação” no projecto. “É um projecto para toda a gente, não tem segredos, é transparente”, garante.

Quanto à estrutura accionista da CVCS, Mário Almeida diz que o único dono da empresa é Tiago Raiano. Fora isso, esclarece também, “a Newtour é o nosso grupo, o que temos com ela é uma parceria da parte digital, do marketing, porque compramos o serviço ao marketing deles. Utilizamos também o número IATA da Newtour para aceder a todas as companhias internacionais e temos outras parcerias. Ou seja, o que os outros têm mais barato nós não vamos comprar, compramos directamente a eles. É este o segredo do nosso negócio.

Em Cabo Verde, a CVCS tem uma equipa de 10 pessoas, ex-funcionários da CVA.

“São pessoas que saíram, pessoas que nós achamos que tinham capacidade, que sabiam a matéria e que nós contratamos. Eles estão connosco desde 2019, e mesmo não estando a operar, e apesar de estarmos em pandemia, nós garantimos os salário deles”.