JMN realça importância dos jornalistas
Também José Maria Neves (JMN), primeiro-ministro entre 2001 e 2016, realçou a importância de se garantir o pluralismo de opinião e do papel do jornalista na consolidação do Estado de direito democrático.
Como recordou também, tendo encontrado na altura um ambiente crispado, procurou, na medida do possível, criar um novo ambiente, nem sempre compreendido pelos seus pares ou pelos jornalistas. “Da minha parte, quando assumi, fui sempre dizendo que mais vale haver excesso do que o cerceamento da liberdade de Imprensa”, disse.
Além do que foi possível fazer, JMN lamenta o facto de o projecto da criação do fundo de apoio ao desenvolvimento do sector da comunicação social, e que previa a adoção de 120 mil contos, “infelizmente, até hoje, o fundo não foi dotado dos seus recursos”.
Fora isso, JMN reconhece que nestes 30 anos houve um grande avanço da comunicação social mas opina que o sector “precisa dar um salto”, por ser “um pilar fundamental de um Estado de direito democrático”. E nisso lamenta que ainda haja, no país, situações de medo ou de auto-censura entre os jornalistas. Isto porque, apesar de todos os ganhos, o Estado, entre nós, “penetra em todas as fissuras da sociedade” e, precisamente por isso, “é fundamental que a Imprensa grite, desempenhe o seu papel e a sua contribuição neste domínio”