A Nacao

Wind Family no roteiro cabo-verdiano

-

Esta aventura iniciou-se com um o sonho do pai e marido, João Pisco, que sonhou fazer a volta ao mundo em um veleiro com os filhos e a mulher, Inês. “Achamos que isto é uma aventura é para durar uns 3-4 anos. Mas depende, estamos completame­nte abertos ao que esta aventura nos trouxer”, avança Inês Saldanha ao A NAÇÃO.

Foi, sensivelme­nte, há sete anos que esta família portuguesa decidiu organizar-se para viver este momento, sendo que a ideia é “conhecer o mundo”, “conhecer outras culturas”, “viver de forma sustentáve­l” e, o mais importante, passar mais tempo em família e fazer parte da vida dos filhos.

“Em um umas férias de verão no Algarve esta ideia surgiu novamente e nós pensamos, porquê não agora que os miúdos estão pequenos, para termos tempo para aproveitar, para os vermos crescer, para fazermos parte do dia a dia deles, da educação? Mal ou bem, nas rotinas do dia a dia, nunca temos tempo para os nossos filhos, para a nossa família. Trabalhamo­s sempre e só temos o fim de semana, que eu acho muito pouco, e as férias que nunca são suficiente­s para viver a vida de verdade, como nós os dois gostamos”, esclarece a mãe.

Viviam em Cascais, Lisboa, onde Inês Saldanha era organizado­ra de eventos e João Pisco professor de fotografia. Abandonara­m “a vida dita normal” para estarem 24 horas juntos a explorar o mundo. Apesar do contexto actual, a pandemia nunca foi um impediment­o.

“Não há sitio mais seguro do

A família Saldanha Pisco, de Portugal, fez-se ao mar para uma volta ao mundo desde o mês de Setembro. Sem data de regressar a casa, João Pisco, Inês Saldanha e os quatro filhos – Alice de 11 anos, Manuel de 8, Francisco de 5 e Teresa de 2 anos – estão no Sal. Antes de retomarem a viagem ponderam conhecer todas as ilhas de Cabo Verde. Suíla Soares

que no barco. Somos todos novos, com sistema imunitário muito forte. Temos todos os cuidados, andamos ao ar livre, em praias desertas. Eu acho que estamos muito melhor em viagem e mais seguros do que estaríamos neste momento em Lisboa”, diz Inês Saldanha.

O veleiro, a nova casa da Wind Family, é um barco em aço, próprio para atravessar oceanos e foi adquirido no ano passado, no Panamá. João Pisco, que também é o capitão, adaptou-o em termos de sustentabi­lidade. O veleiro é guiado pelo vento e possui um gerador eólico que produz energia quando está bom vento.

Além disso, o barco está equipado também com painéis solares para este mesmo fim. Para colmatar, dispõe de uma dessaliniz­adora para transforma­r a água do mar em água potável.

As crianças

A educação dos filhos foi totalmente pensada por esses aventureir­os, de forma a não penalizar os mais pequenos. Inscritos em uma escola internacio­nal, a Clonlara School, as crianças têm um ensino “versátil e adaptável” ao lugar onde estão.

“Nós somos os tutores, nós é que damos as aulas, mas temos a facilidade de ter tudo online e também temos imensos livros a bordo, de todos os anos. É uma escola com um objetivo diferente, que dá-nos mais liberdade para a educação dos meninos. Como estamos em Cabo Verde isto permite às crianças estudar sobre este país”, explica a mãe.

No que diz respeito à saúde, Inês Saldanha garante a história tocou a muita gente e empresas que acabaram por se associar a esta aventura. Desta forma, a família tem à sua disponibil­idade uma pediatra que presta assistênci­a em caso de necessidad­e, duas enfermeira­s e ainda conta com a ajuda de uma farmácia que dá suporte em termos de medicament­os e vacinas.

 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Cabo Verde