Jovens abraçam “revolução literária” em Santo Antão
Recentemente criada, no Porto Novo, e constituída por 15 membros jovens, a Associação Literária de Santo Antão (ALSA) pretende promover o surgimento de novos valores literários na ilha das montanhas. Na Ribeira Grande, Risia Sequeira decidiu, por seu turno, transformar a própria casa numa biblioteca pública. Envia livros de empréstimo até a São Vicente.
AAssociação Literária de Santo Antão (ALSA), criada em Fevereiro, pretende ser uma lufada de ar fresco para a promoção da literatura entre os jovens dessa ilha.
Os seus 15 integrantes, todos jovens, dizem-se motivados e encorajados na “luta literária” para que as actividades desenvolvidas sejam “muito além” das habituais apresentações de livros, como diz Kélvis Veríssimo.
A ALSA inclui nos seus planos de actividades a promoção do livro por toda a ilha. Pretendem inclusive dispor de uma biblioteca móvel para esse efeito. Nos planos constam igualmente o incentivo à prática da escrita literária e criativa, promoção de concursos nas escolas e bairros, divulgação de novos escritores e simbiose da literatura com a música. A ALSA, afirma Kélvis Veríssimo “ambiciona uma sociedade culta, informada e rica”.
Isto numa ilha onde não abundam espaços públicos de leitura. No caso do Porto Novo, o município aguarda por uma biblioteca municipal há quase 30 anos.
Precisamente por causa desse grande défice, a ALSA pretende actuar no sentido de promover parcerias para dinamizar a leitura e a cultura, e para isso espera contar com uma “resposta positiva” por parte dos santantonenses amantes da cultura.
Ricénio Lima