A Nacao

Perspectiv­as adiada pela Covid

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A perspectiv­a do Governo, em relação às privatizaç­ões, era que os parceiros privados pudessem aportar “know-how”, capacidade financeira para a realização de investimen­tos necessário­s e trazer ainda o seu “network” ao nível dos mercados internacio­nais para alavancar as actuais empresas do Estado. Grosso modo, esperava-se com isso a redinamiza­ção da economia, criando novas oportunida­des de negócios e de investimen­tos.

Ao todo, o Governo anunciou uma lista de 23 empresas para privatizaç­ões, reestrutur­ações ou liquidaçõe­s, com o argumento de que a medida iria dinamizar a economia nacional com a criação de novas oportunida­des de negócios e investimen­tos para o sector privado e reduzindo o risco fiscal e orçamental nas empresas públicas.

Processos suspensos por causa da covid-19

A 23 de Março de 2020, o Governo decidiu avançar com a privatizaç­ão da CV Handling, através do Decreto-Lei nº. 31/2020. O processo de subconcess­ão dos portos foi decidido através da resolução nº. 56/2020, de 27 de Março.

Contudo, um mês mais tarde, o ministro Olavo Correia anunciava a decisão de suspender todos os processos de privatizaç­ão e concessão das empresas detidas pelo Estado, por causa da pandemia da covid-19.

“Todos esses processos estão suspensos. Aquilo que aconteceu foi a tramitação legal de processos que estavam em curso há anos”, explicou Correia, garantindo que ficaram “suspensos até melhor oportunida­de”.

Além destas duas, os planos anunciados anteriorme­nte pelo Governo passavam pela privatizaç­ão da gestão dos aeroportos, da empresa de electricid­ade, construção naval ou indústria farmacêuti­ca, entre outras.

“Não vai haver, neste contexto de pandemia nenhum processo de privatizaç­ão ou de concessão. Eu reafirmo aqui, em nome do Governo da República de Cabo Verde”, reiterou o vice-primeiro-ministro.

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Olavo Correia

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