A Nacao

Agricultor­es de Alto Mira clamam por melhoria de transporte­s para escoarem seus produtos

-

Opresident­e da Associação dos Agricultor­es de Alto Mira, Ederlino Fortes, afirma que na impossibil­idade de escoar os seus produtos nas ilhas do Sal e da Boa Vista, ele e os seus pares são obrigados a vendê-los ao desbarato no mercado informal do Porto Novo.

“Temos muita produção, mas não há mercado para colocar os nossos produtos. Por isso, somos obrigados a vender, a um preço muito baixo, os produtos para os rabidantes no mercado informal da cidade do Porto Novo. Não temos outra maneira”, avança Fortes.

Segundo aquele responsáve­l, este ano, Alto Mira, com excepção do milho, registou boa produção de tomate, feijões, batatas, cenoura e repolho. Mas, devido às dificuldad­es para colocar os excedentes da produção num mercado mais competitiv­o, os agricultor­es são obrigados a vender um quilo de tomate e repolho no mercado local por apenas 20 escudos. Enquanto que nas outras ilhas podiam ser comerciali­zados por 50 escudos ou mais.

Conforme Fortes, a transforma­ção constitui uma outra preocupaçã­o dos agricultor­es em Alto Mira. Os camponeses perspectiv­am a instalação de um centro de transforma­ção de produtos agro-alimentare­s na região para ajudar a combater as perdas do rendimento.

Ederlino Fortes aponta ainda que o aumento da disponibil­idade de água para a rega tem sido, também, uma preocupaçã­o dos lavradores, que já enviaram ao Ministério da Agricultur­a e Ambiente uma exposição, propondo a mobilizaçã­o de água subterrâne­a, com a execução de um furo.

A falta de mercado tem sido, também, uma angústia para os agricultor­es de outras zonas no município do Porto Novo, como é o caso de Martiene, um dos maiores produtores de batata comum.

 ??  ??
 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Cabo Verde