Parceria com a PN no combate à criminalidade
A criminalidade e a alta taxa de jovens fora do sistema de ensino são alguns dos problemas diagnosticados pela ACF, conforme Joaquim Ramos. “O bairro de Fonton – e quem diz Fonton diz também Fundo Cobon e Casa Lata - é um bairro em crescimento, o que implica necessariamente em algum nível de pobreza e muitas famílias sem rendimento”, começa por contextualizar.
Por consequência, há um alto número de jovens fora do sistema escolar, nomeadamente o ensino secundário e superior. Neste sentido, “a associação tem estado a trabalhar para ajudar os jovens a ingressarem-se em formações profissionais e mesmo do ensino superior”, diz Joaqumi Ramos.
A criminalidade é outra questão aguda, uma situação que, na visão do entrevistado do A NAÇÃO, deriva de diversas factores, mas principalmente da pobreza e do abandono escolar.
“Nós temos uma excelente parceria com a Esquadra do Palmarejo, na pessoa do seu comandante, e sempre que identificamos algum tipo de ilícito na comunidade é imediatamente comunicado”, explica, apontando a deficiente iluminação pública como um dos factores que favorecem a criminalidade.
Ainda no âmbito desta parceria, um outro projecto, que envolve as escolas de condução Moderna e Segura, já ofereceu quatro cartas de condução, completas, para quatro jovens da comunidade, enquanto vector de oportunidade, mudança e prevenção criminal.
Apoio durante pandemia
Durante o período em que vigorou o estado de emergência em Cabo Verde, o centro de Fonton fez parte do movimento nacional das associações comunitárias que estiveram engajadas em ajudar famílias e pessoas em situação vulnerável. Segundo Joaquim Ramos, foram cerca de 500 beneficiados com cestas básicas, identificados através de um diagnóstico no terreno, levado a cabo pelos seus voluntários.
Aos jovens da zona que querem fazer trabalho voluntário, o vice-presidente da ACF diz que a organização está “de braços abertos para recebê-los”, de forma a cativá-los e motivá-los a melhorar a qualidade de vida de crianças, jovens e idosos.
“É extremamente importante fazer trabalho de voluntariado porque ele tem os seus frutos. Não há uma retribuição económica, mas há retribuição a nível social. Cada um dos membros da associação tem estado a crescer com as oportunidades que advém de outras situações”, garante.