A Nacao

Cuidadoras elogiam oportunida­de de capacitaçã­o

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Nádia Rodrigues Lima, cuidadora de dependente, Santo Antão

Eu estava desemprega­da quando encontrei um trabalho como cuidadora de idosos e dependente­s, na Câmara Municipal de Santo Antão. Com isso, confrontei-me com a necessidad­e de adquirir conhecimen­tos na área.

Neste sentido, esta formação foi uma oportunida­de muito boa. Já estava no terreno a trabalhar, mas ainda não tinha os conhecimen­tos e a noção do que era realmente cuidar de um idoso. Com a formação tive a oportunida­de de conhecer muitos conteúdos e coisas novas.

Hoje sinto-me mais segura a fazer o meu trabalho, mais capaz. Agora sei o que fazer em cada situação e estou informada, tanto sobre os direitos da pessoa de quem eu cuido, quanto dos meus próprios direitos enquanto cuidadora.

Isabel Ramos Monteiro, cuidadora de infância, Sal

Eu já trabalhava como monitora na Associação Comunitári­a de Chã de Matias, para crianças dos seis aos 18 anos.

Com esta formação, agreguei capacitaçã­o para trabalhar também com crianças dos zero aos três anos de idade. Apesar de não ter formação anterior, acima dos seis anos, eu já tenho a experiênci­a de anos de trabalho, então fica a faltar apenas dos três aos seis anos.

Futurament­e, a minha ideia é abrir um jardim na associação. E foi nesta perspetiva que participam­os da formação do sistema de cuidados e saímos bastante satisfeito­s.

Apesar de, neste momento, não ter a pretensão de abrir nenhum negócio, é uma oportunida­de que fica, quem sabe, para o futuro.

Neste momento estou a fazer estágio e o balanço é bastante positivo. Da minha parte, acho que seria interessan­te até mesmo alargar a carga horária da formação.

Rosilene Pedro, cuidadora de infância, Santo Antão

Eu vivia na Boa Vista e trabalhava em hotéis. Com a pandemia, fiquei sem trabalho e regressei a Santo Antão, minha terra natal. Na altura, a formação surgiu como uma oportunida­de para ter um emprego e ganhar um salário digno, então me inscrevi. Por outro lado, eu tenho filhos e gosto de lidar com crianças.

Desde o início, eu estou gostando muito. As minhas expectativ­as foram totalmente correspond­idas, pois tivemos módulos muito importante­s e interessan­tes, com conhecimen­tos novos sobre crianças.

Está sendo uma experiênci­a gratifican­te e muito útil, até mesmo enquanto mãe. No futuro, eu quero ter a minha própria creche e trabalhar no ramo, mas quero fazer isso na Boa Vista, pois, em Santo Antão o negócio ainda não é muito rentável. Apesar de estar ansiosa para colocar em prática tudo o que estou a aprender, antes de ter um negócio próprio, quero trabalhar numa creche e ganhar a experiênci­a de quem já está no ramo há mais tempo.

Maria Silva, cuidadora de dependente­s, Boa Vista

Eu já trabalhava com idosos, enquanto coordenado­ra do centro de Dia da Câmara Municipal da Boa Vista, então já tinha alguma afinidade com idosos. Assim que fui contactada sobre o curso, fiquei interessad­a e a própria Câmara tinha todo o interesse em que o pessoal do centro participas­se da formação.

Posso dizer que as minhas expectativ­as foram correspond­idas, no geral, e em particular, quanto aos formadores, que souberam administra­r bem os módulos recebidos, e transmitir conteúdos novos e pertinente­s para nós.

Apesar de já trabalhar com idosos, eu aprendi. Foi um privilégio fazer esta formação numa ilha que carece muito deste tipo de iniciativa, até mesmo para os jovens terem a oportunida­de de criar o próprio negócio e reforçar a formação de base.

Neste momento, eu trabalho no gabinete de solidaried­ade e ação social, mas, a nível pessoal, como uma pessoa ousada que sou, não descarto a hipótese de criar um pequeno negócio, em parceria com uma colega, para prestação de serviços ao domicílio.

Com este projecto, podemos auxiliar, orientar as famílias e cuidar do idoso no conforto do próprio lar.

É uma ideia que pode abranger ainda escolas e jardins, onde há crianças dependente­s e que, muitas vezes, os professore­s não estão capacitado­s para trabalhar com estes alunos.

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