Sinais de alerta
A TACV/CVA já vinha dando indícios que os despedimentos podiam ser uma realidade em cima da mesa. Isto tendo em conta que apenas chamou nove pilotos, num horizonte de 48, para a retoma das operações, sendo certo que os restantes têm lay-off garantido, para já, até 30 de Junho. Fora isso é a incerteza quanto ao futuro.
De notar ainda que, como o A NAÇÃO havia avançado antes, no início do ano, pilotos com mais anos de “casa”, tinham-se mostrado “apreensivos e indignados” com algumas medidas levadas a cabo pela TACV/CVA, relativamente aos critérios de selecção dos pilotos para as operações de retoma, impondo a idade máxima de 50 anos, entre outros.
A medida, na altura, foi vista como um “empurrão para a reforma”, empurrão esse que, a avaliar agora pelos intentos da administração, parece vir a concretizar-se. Depois de cerca de 14 meses parada, a administração da companhia, ou o que resta dela, gerida em 51% pelo parceiro islandês, anunciou que vai efectivamente reativar as operações, com um voo agendado para o próximo dia 18 de Junho, entre Sal e Lisboa.
De 28 de Junho até 28 de Março de 2022, a empresa diz que irá operar quatro voos semanais entre Praia/Sal e Lisboa às sextas e segundas-feiras; um voo semanal para e de Sal/Praia/Boston às terças com regresso às quartas-feiras e um voo semanal para e de Sal/São Vicente/Paris aos sábados com retorno aos domingos.
Para viabilizar o que resta da TACV, só este ano, o actual Governo já emitiu avales na ordem dos 550 mil contos, estando previsto injectar mais 30 milhões de euros, até final de Julho próximo.