Professores indignados com as Provas Nacionais de Recurso
Os professores, mas também pais e encarregados de educação, em São Vicente, estão revoltados com o Ministério da Educação. Em causa está o facto de os testes das Provas Nacionais de Recurso não terem levado em conta o programa curricular aplicado durante o ano atípico de covid-19. Isto é, os alunos tiveram que responder sobre matérias que não lhes foram transmitidos.
Maria Rosa Monteiro, professora de Língua Portuguesa na Escola Secundária José Augusto Pinto (ESJAP), disse ao A NAÇÃO que a prova de recurso da disciplina que leciona foi realizada nesta segunda-feira, 14 de Junho, com um conteúdo que considera “o cúmulo” de todas as situações de se tem vivido no sistema de ensino neste ano atípico, de covid-19.
Aquela docente, que começou por expressar o seu desagrado na sua página de Facebook, entende que apenas a Escola Industrial e Comercial do Mindelo (EICM) conseguiu leccionar os conteúdos programados pelo facto de ter tido uma carga horária integral, diferente das outras instituições de ensino.
A mesma revolta é partilhada por Maria Rosário da Rosa, professora há 31 anos. Esta docente de Português e Comunicação e Expressão, na Escola Secundária Jorge Barbosa (ESJB), reforça que o sucedido não se deu por falta de infor
da Família conta, neste momento, com três cuidadores de idosos que se deslocam às casas das famílias mais vulneráveis com idosos para que estes tenham um tratamento especial em termos de saúde, higiene pessoal e até mesmo em termos de consultas de rotina”, anunciou o edil de SLO.
Carlos Vasconcelos, destacou a importância de manter a população informada e sensibilizada para combater a violência contra os idosos, pelo que defendeu a realização de palestras e eventos com foco nos idosos.
ICIEG pretende distribuir kits aos cuidadores de idosos
O Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG) diz ser preocupante a violência silenciosa contra o idoso no seio familiar. Rosana
Almeida, presidente desta instituição, considera que esse tipo de violência é um dos mais difíceis de combater devido à sua naturalização.
“Estudos já mostram que a violência silenciosa contra o idoso é elevada e é uma das lutas mais difíceis de combater. A sociedade, tal como está estereotipada, não permite que se faça uma abordagem directa. É preciso saber que tipo de abordagem fazer. Por outro lado, é importante desconstruir todos os estereótipos para chegarmos à conclusão de que é preciso combater esse fenómeno. É uma situação preocupante pela forma como a própria sociedade está estruturada ou ainda porque os próprios idosos encaram a violência com naturalidade”, explicou Rosana Almeida.
Ter mais cuidadores é uma estratégia que o ICIEG vê como eficaz no combate a este tipo de violência. Por isso, esta instituição pretende distribuir kits a mulheres desempregadas que, além de garantirem o autoemprego, vão também proporcionar uma velhice digna.
“Temos kits que ICIEG está pronto para distribuir em todo Cabo e que vamos dar a cada cuidador para que possam montar as suas empresas que cuidam dos nossos idosos. Se nós tivemos pessoas que cuidaram de nós e que nos tornaram homens e mulheres, a sociedade cabo-verdiana demanda que também cuidemos de quem precisa de cuidados e cabe-nos dar uma kit às mulheres desempregadas para poderem ajudar os idosos, fazendo o atendimento nos seus próprios lares”.
Uma iniciativa que Rosana Almeida considera ser uma forma de proporcionar um trabalho digno para mulheres e dignidade de vida para idosos.