Fidalgo tem plano emergencial para TACV
Victor Fidalgo, o maior accionista privado da Cabo Verde Airlines, diz apoiar “sem reserva” a decisão do Executivo de reassumir o controlo da gestão da companhia, através da reconversão dos 51%, comprados em 2019, pela Lofleidir Icelandic.
Como advoga, uma vez que “as partes não estão sequer com objectivos partilhados, mas sim divergentes e quiçá, incompatíveis”, é melhor partir e assumir a ruptura.
“Portanto, a decisão do Governo em reverter as 51% das ações (cedidas ao grupo islandês) parece ser a única saída”, sublinha.
Contudo, apela ao Governo a aprender com o passado e, “sem pressas”, procurar um parceiro que tenha realmente “dinheiro para injectar na companhia”. Um bom investidor, diz, ao contrário dos islandeses, é “aquele que vem, tem dinheiro, tem know how, para libertar o Estado de injectar dinheiro na companhia, directa ou indirectamente”.
Nesse contexto, Fidalgo diz que pretende levar ao Governo uma proposta para uma solução transitória ou emergencial (temporária), de 12 a 18 meses, para, “sem pressas” (para não acontecer o que aconteceu em 2016), escolher um “investidor” que traga, em primeira mão, “recursos financeiros para equipar a companhia para poder alargar o seu mercado”.
Esse “plano emergencial”, defende, deverá permitir a conectividade básica de Cabo Verde com o resto do mundo, particularmente com pontos de emigração, EUA, França, Portugal e Holanda, para que os “accionistas tenham tempo para poder escolher um bom investidor”.
Naturalmente, Victor Fidalgo defende que a companhia terá de ser sustentável, uma vez que “uma empresa, em função do seu plano de trabalho, alertando que o prevalece sempre o “rácio entre o equipamento e a mão de obra necessária para se cumprir a missão empresarial”, de qualquer empresa.