Maio foi o mês mais difícil
Considerando que ainda é cedo para fazer o balanço do ano lectivo quase a terminar, principalmente em termos de aproveitamento, o delegado do ensino na Praia, Adriano Moreno, diz que, para já, pode-se afirmar que, apesar da covid-19, “o ano correu relativamente bem”.
“Dentro da ‘nova normalidade’ o ano correu relativamente bem. Em termos pedagógicos, cumprimos tudo o que foi planificado. Tanto as aulas online, como as presenciais decorreram sem muitos sobressaltos”.
Adriano Moreno classifica este ano lectivo como muito melhor do que o ano transacto, pelo facto de se ter aprendido com os erros e ter havido um melhor tempo de preparação.
“Aqui na Praia iniciámos um mês depois, por isso, tivemos todo um tempo de preparação do ano lectivo, nomeadamente no sentido de adaptar as escolas e elaborar os planos de contingência para que não tivéssemos de fechar como foi no ano transato. As experiências do ano passado permitiram-nos trabalhar melhor e planificar e gerir melhor o ano lectivo”.
Relativamente aos constrangimentos, o nosso entrevistado aponta o mês de Maio como dos mais difíceis, tendo em conta o surgimento de casos de covid-19 nas escolas mais frequentadas e que nisso duas escolas tiveram que ser encerradas.
“Durante o mês de Maio vimos duas das nossas escolas serem fechadas durante 14 dias: a SOS e a Cesaltina Ramos. Verificámos que todas as escolas estavam com relatos de um, dois, ou três casos diários. Isso fez-nos reforçar as medidas de contingência sanitária para evitar a transmissão”.
Adriano Moreno diz que, neste ano lectivo, as maiores preocupações dos docentes levadas à Delegação do Ministério de Educação da Praia estiveram relacionadas com a situação de estresse e ansiedade pelo que teve-se que recorrer à intervenção de psicólogos.
“As escolas têm psicólogos e temos conseguido gerir esta situação” com sangue frio que o momento exigia.