A Nacao

Renacional­ização da TACV não é suficiente

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Com a renacional­ização da TACV em marcha, Victor Fidalgo deixa bem claro que as soluções para os problemas dessa transporta­dora não passam apenas por reassumir o controlo societário por parte do Estado. E é com preocupaçã­o que diz continuar a encarar o futuro da empresa.

“Concomitan­temente e como parte mais importante do processo, antes de dar o sinal de ruptura, devemos ter pronto e bem preparadas as soluções de parceria para não haver hiato na empresa”, realça Victor Fidalgo, afirmando que “estamos prontos para trazer nomes de potenciais parceiros a contactar”.

Outro aspecto que este accionista considera ser “importante” é permitir e fazer funcionar os órgãos de forma plenamente.

“Portanto, uma Assembleia Geral é urgente para mudar e formalizar a governança da empresa e permitir também a presença de acionistas privados cabo-verdianos noutras instâncias de representa­tividade”.

Nova administra­ção

A NAÇÃO sabe que já há movimentaç­ões entre os privados nacionais para a recomposiç­ão dos órgãos da TACV. João Pereira, antigo quadro da companhia, é apontado para presidente da Comissão Executiva, que terá Sara Pires e Paulo Ferreira como administra­dores. Para PCA (não executivo) fala-se de Victor Fidalgo e para presidente da Assembleia Geral a escolha recai sobre Arnaldo Silva, que também é accionista da empresa.

Contudo, está solução não parece agradar o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, que, segundo uma fonte bem posicionad­a, prefere o PCA da ASA, Jorge Benchimol, antigo colega na Tecnicil, como presidente executivo da TACV.

Avales por pagar

De lembrar, entretanto, que o fim da parceria com a Loftleidir deixou ao Estado de Cabo Verde uma dívida de mais de 12 milhões de contos, através de avales cedidos para pagar leasings, salários de trabalhado­res, entre outros compromiss­os. A grande pergunta é como a TACV, ora “renacional­izada”, irá tapar tamanho buraco financeiro.

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