Quadros colocados na prateleira
Como é do conhecimento público, o INE tem passado por situações de instabilidade por causa de questões laborais.
Recentemente, os trabalhadores endereçaram uma carta ao ministro Olavo Correia solicitando a demissão dos membros da administração do INE, “por incapacidade e outras coisas”.
Nesse meio tempo houve, também, três manifestações, além de duas greves, duas reuniões de conciliação na Direcção Geral do Trabalho e, na última reunião, quem participou foi a ministra da Administração Pública, Edna Oliveira, “quando, na verdade, as questões relacionadas com o PCCS requerem uma liderança da instituição.
Não é o Governo que vai defender o INE nas questões do PCCS, é a administração da instituição”, disse uma fonte ao A NAÇÃO.
Também, de acordo com as fontes deste jornal, tendo em conta o clima de instabilidade laboral, “foi criada uma equipa praticamente paralela onde os técnicos experientes do INE, entre os quais demógrafos e estatísticos, que foram deixados de fora do processo, com receio de os mesmo promoverem uma manifestação à última hora e que pudesse bloquear o censo”.
Ainda de acordo com um técnico do INE, nas vésperas do arranque do RGPH-2021, o director de Métodos e Gestão de Informação, Carlos Mendes, “pediu demissão” e a directora de Estatísticas Demográficas e Sociais, Noemi Rute, “foi demitida” no decorrer do censo.