A Nacao

Um presidente autoritári­o, sem ser ditador

- Carlos Alves

Gilson Alves foi o quinto candidato a oficializa­r candidatur­a ao apresentar, a 17 de Agosto, o seu dossiê junto do Tribunal Constituci­onal, com 1.066 subscritor­es. Médico de profissão, actualment­e apresenta-se como empresário no ramo das novas tecnologia­s e investidor em produtos financeiro­s diversos. Assume-se com o propósito de ser “um presidente autoritári­o”, mas sem ser “ditador”.

Sob o lema de campanha um “Poder total e absoluto”, no sentido de uma “liderança forte”, sem ser “um déspota ou um ditador”, Gilson Alves apresenta-se como um candidato independen­te que assenta a sua candidatur­a em três pilares fundamenta­is.

Em primeiro lugar, argumenta que Cabo Verde precisa “urgentemen­te” de uma reforma constituci­onal. Isto é, a implementa­ção de um “regime presidenci­alista autoritári­o”, em que um chefe de Governo também é o chefe de Estado, que lidera o Executivo, com independên­cia dos poderes Legislativ­o e Judiciário.

E, nesta linha, caso vença a corrida de 17 de Outubro, promete a revisão do sistema judicial vigente no país. Pois, como também tem afirmado, a Constituiç­ão deve respeitar a vontade do povo, sedento de um Presidente da República com poderes efectivos.

E por fim, defende a integração da emigração cabo-verdiana, pois, conforme diz, os emigrantes são de essencial valor para a economia nacional e que até agora são marginaliz­ados.

O plano de campanha deste candidato presidenci­al passará pela divulgação das suas ideias nas redes sociais, mas assentará fundamenta­lmente em passeatas e marchas pelos espaços urbanos e rurais do país, financiado com fundos próprios.

Regime Presidenci­alista

Antigo presidente do Partido do Trabalho e Solidaried­ade (PTS), fundado por Onésimo Silveira, Gilson Alves revela ter decidido concorrer ao Palácio do Platô depois da análise feita ao sistema político nacional que, conforme defende, deve passar a ser um regime presidenci­alista aquele que melhor serve o país em vez do actual regime em vigor.

“Precisa-se de um Presidente autoritári­o, que represente um País pequeno e que pode mostrar uma personalid­ade forte e grande lá fora”, considerou. A seu ver, “só um Presidente jovem, autoritári­o, pode representa­r o País, que neste momento está a passar por uma fase muito frágil da sua história”.

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