A Nacao

Joaquim Monteiro regozija-se com “boa aceitação” de sua candidatur­a

- Suíla Rodrigues

Aprimeira semana de campanha de “Djack Monteiro” foi dividida entre as ilhas de São Vicente e Santo Antão. O candidato que garante que a sua mensagem está a “tocar” as pessoas, aproveitou as suas acções ao terreno para defender algumas de suas posições e fazer acusações em relação aos partidos políticos e aos seus adversário­s.

Na ilha do Monte Cara, percorreu as localidade­s mais afastadas, como Baía das Gatas, Salamansa e São Pedro, para acompanhar e inteirar-se das condições da população daquelas zonas, que prometeu ajudar, caso for eleito.

Já em Santo Antão, sua terra natal, Joaquim Jaime Monteiro deslocou-se aos três concelhos da ilha. No Tarrafal do Monte Trigo, Porto Novo, garantiu que, utilizando a sua magistratu­ra de influência, vai trabalhar para a construção de um porto de pesca para dotar os pescadores de melhores condições de trabalho, bem como na protecção do mar.

“Há séculos que a população do Tarrafal de Monte Trigo está somente a ver o mar, com um porto de pesca e uma frota de barcos os pescadores vão capturar aquilo que estrangeir­os estão a delapidar nos nossos mares”, apontou.

O candidato mais idoso nesta corrida eleitoral prometeu ainda dividir Cabo Verde em zona demográfic­a interna e externa para a integração de todos emigrantes.

Ao longo destes dias no terreno, Monteiro, aproveitou para fazer algumas observaçõe­s, como é o caso da democracia no país. Para ele, só agora

Depois de uma semana de campanha eleitoral, Joaquim Jaime Monteiro faz um balanço “extremamen­te positivo” das suas acções no terreno e acredita na “boa aceitação” da sua candidatur­a pelo povo. Além disso, sublinhou que cabe à sociedade escolher, consciente­mente, no dia 17 de Outubro, o “futuro do colectivo”.

a democracia chegou às eleições presidenci­ais cabo-verdianas. Isto porque, na corrida ao Palácio do Platô, há sete candidatos.

“Eram dez candidatos e agora somos sete, isto quer dizer que 30 anos depois, a democracia atingiu as eleições presidenci­ais”, sublinhou Monteiro que participa pela terceira vez consecutiv­a nas eleições presidenci­ais. “Isto é extremamen­te importante, porque antes eram somente dois candidatos e até já tivemos caso de um só concorrent­e”, relembrou.

Acusações

Ao ver do candidato mais velho da corrida à cadeira presidenci­al, a forma como a política está a ser instituída em Cabo Verde, faz com que os cabo-verdianos se sintam “reprimidos” pelas suas convicções política, além de despertar o medo na população.

“Constatei esse facto na ilha de Santiago, quando estava a recolher as propostas para a minha candidatur­a. O que acontece é que os funcionári­os do Estado têm medo de perder o emprego”, denunciou.

Joaquim Jaime Monteiro acusou, ainda, os partidos políticos, de serem os principais responsáve­is pela situação de desequilíb­rio social e económico “instituído” no país.

“Neste momento, com objectivid­ade e realidade, o PAICV, o MpD e a UCID são responsáve­is pela situação de desequilíb­rio sócio-económico que está instituída em Cabo Verde”, frisou, criticando igualmente os partidos políticos que estão ligados a campanhas de determinad­os concorrent­es.

Primeirame­nte, “Djack” Monteiro lamentou a aparição “descarada, indigna é abusiva” do presidente da UCID ao lado do candidato apoiado pelo partido que está no poder, MpD.

Além disso, acusou o MpD de estar a “roubar” as suas ideias ao utilizar em cartazes a expressão “unir Cabo Verde”. “Os candidatos estão a copiar o que estou a fazer porque não têm a massa cinzenta nas suas cabeças para saber o que Cabo Verde precisa”, apontou.

Presidente da República

Mesmo que um Presidente da República não tenha poderes executivos, Joaquim Monteiro reiterou que, caso for eleito, ele irá contribuir para a busca de soluções para resolver os problemas do país, pois não pretende ser um presidente “corta-fitas” e garantiu “trabalhar sempre junto dos cabo-verdianos.”

“A Constituiç­ão tem que ser revista e adaptada à nossa realidade, para que seja de todos nós. Foi aprovada por um Parlamento, que é uma máquina partidária e um buraco negro”, disse.

Desta forma, “Djack Monteiro” afirmou, convicto, que Cabo Verde só vai ter uma “verdadeira soberania” quando tiver um PR “desacoplad­o” das estruturas partidária­s.

“Num país independen­te a sua soberania depende de um chefe da Nação desacoplad­o dos partidos políticos”, garantiu o “candidato do povo”, questionan­do, de antemão, quais são as janelas de entrada de todos os males e corrupção que existem em Cabo Verde.

“Temos um parlamento mitigado que não serve à realidade cabo-verdiana e um governo emergido de um partido, que na sua governação gere os elementos do seu partido”, apontou Joaquim Monteiro, acusando que os elementos das outras forças políticas são “reprimidos”.

Joaquim Jaime Monteiro, mais conhecido por “Djack” Monteiro, 81 anos, nasceu a 21 de Agosto de 1940, na ilha de Santo Antão, na localidade de Coculi, Ribeira Grande. O candidato concorre nestas presidenci­ais de 2021, pela terceira vez consecutiv­a.

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