A Nacao

O homem que lutou até ao fim pela justiça e igualdade social

- Gisela Coelho

Cabo Verde viu partir esta semana mais uma figura política. José Augusto Fernandes, ex-presidente do Partido do Trabalho e Solidaried­ade (PTS) faleceu na passada segunda-feira,25, na cidade da Praia, vítima de doença prolongada. Vai-se o homem mas fica um legado de luta incessante pelas causas sociais, pela justiça, pela igualdade. Um homem do povo, que abraçou o povo.

Foi com “tristeza” que os militantes do PTS, e o seu atual presidente Carlos Lopes (Romeu di Lourdes), receberam a notícia do passamento de José Augusto Fernandes, figura incontorná­vel do partido, que liderou de Outubro de 2015 a Agosto de 2021, data do último congresso do PTS, realizado na cidade da Praia.

O partido recordou o malogrado, que faleceu na passada segunda-feira,25, na cidade da Praia, vítima de doença prolongada, descrevend­o José Augusto Fernandes como “um amante da justiça e da dignidade social”, no fundo, um cidadão “trabalhado­r”, que, “à sua maneira deu o seu contributo para o desenvolvi­mento e democracia cabo-verdiana, enquanto servidor público e líder político”.

O PTS recorda ainda que José Augusto Fernandes “entregou-se à política nacional de forma destemida, tranquila, pacífica e alegre”.

O partido diz sentir “muito esta perda”, pois, o “Zé Augusto”,

como era chamado por todos, foi a “pedra fundamenta­l para a continuida­de do PTS em Cabo Verde e o seu firmamento aqui na Circulo de Santiago Sul, desde 2015”, altura em que se tornou presidente.

“Esta perda não é somente dos seus familiares, sua mãe, esposa, seus filhos e irmãos, para os quais endereçamo­s toda nossa força e solidaried­ade, mas também é uma grande perda para a atual direção do PTS, da Política Nacional e dos seus amigos”, lamentaram.

Conservar pensamento

Agora, o PTS, e o seu novo presidente, o jovem Romeu di Lourdes, dizem compromete­r-se a “conservar, com ação e trabalho”, o “pensamento” do Zé Augusto, reforçando que “sempre” foi pela “justiça e a dignidade social”, mas também “um homem bom, simples, um cidadão inteligent­e, pensador cabo-verdiano, que teve muitos desafios na vida”.

Um homem que “sempre soube olhar para o outro com um olhar solidário”, e que viu na política “um instrument­o” para “deixar o mundo melhor, a vida mais justa e as pessoas mais felizes, que acreditou nas forças e vontades que tinha no PTS, onde lutou perseveran­temente nos últimos anos da sua vida enquanto Presidente e um candidato incansável”.

As mensagens de pesar e reconhecim­ento pelo espirito lutador de José Augusto Fernandes partiram de vários quadrantes da sociedade cabo-verdiana, incluindo, também do Governo que lamentou a sua partida.

“O malogrado é recordado por sua trajetória política, como dirigente do PTS e um lutador incessante pela causa cabo-verdiana, tendo participad­o em vários embates eleitorais”, recordou, em nota remetida à imprensa. O corpo de José Augusto Fernandes foi dado à terra ainda na tarde do dia em que faleceu, segunda-feira,25, no cemitério da Várzea, na Praia.

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