A Nacao

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Oprimeiro-ministro anunciou, no Parlamento, durante o debate sobre “Transparên­cia como um factor de desenvolvi­mento”, que a TACV deverá começar a operar ainda este ano.

Ulisses Correia e Silva ressalvou que, se “tudo correr como previsto, a TACV começará a operar ainda durante o mês de Dezembro deste ano”.

Sem precisar uma data concreta, o PM disse ainda que as medidas necessária­s para o regresso da companhia aérea “estão a ser tomadas”.

O ministro do Turismo e Transporte­s, Carlos Santos, reforçou esse compromiss­o do Governo de reiniciar, “muito em breve”, as actividade­s da TACV, tendo apontado que a companhia irá começar, no máximo, com dois aviões.

Conforme sustentou, a retoma dos voos da TACV vai materializ­ar aquilo que são os objectivos prementes definidos pelo Governo, que são voltar a ter os voos “ponta a ponta” para transporta­r os emigrantes e também conquistar o nicho do mercado que é o turismo.

Táxi aéreo

O Governo pretende, até 2022, concluir os processos de concessão e privatizaç­ão das empresas públicas do sector aeroportuá­rio, assim como diversific­ar a oferta de transporte aéreo interno, como, por exemplo helicópter­os ou táxi aéreo.

Tais medidas constam do documento que serve de suporte à proposta de lei do Orçamento de Estado para 2022, e que já foi aprovado, na generalida­de, no Parlamento.

Assim, para o próximo ano, a prioridade é o programa “Cabo Verde Plataforma Aérea”, cujo objetivo é, segundo o documento, transforma­r a ilha do Sal num hub aéreo, ligando África, Europa e Américas.

Low cost

Ulisses Correia e Silva admitiu, também, no início deste mês, a possibilid­ade de a parceria entre a TACV e a TAAG, de Angola, permitir a entrada no mercado da África Ocidental através de transporte ‘low cost’.

“Temos sobre a mesa várias alternativ­as, várias soluções, incluindo uma parceria para entrarmos no mercado da CEDEAO através de soluções de transporte ‘low cost’, talvez uma nova companhia que venha nascer com a participaç­ão da TACV e a TAAG”, afirmou UCS à comunicaçã­o social em Lisboa.

Icelandair avança com processo contra o Estado

A Loftleidir Cabo Verde deu entrada no Internatio­nal Court of Arbitratio­n de Paris de um processo arbitral contra o Estado, alegando “violação dos acordos celebrados entre as partes”, face à renacional­ização companhia aérea de bandeira TACV.

Essa empresa do grupo Icelandair afirma, em comunicado, que a Loftleidir Cabo Verde “já tinha rejeitado todas as acusações de incumprime­nto contratual alegadas pelo Estado” cabo-verdiano.

“Em Julho de 2021, o Estado de Cabo Verde rescindiu de forma unilateral o contrato celebrado entre as partes para efeitos de reinício das operações da TACV assinado em Março de 2021, gerando assim avultados prejuízos para a Loftleidir Cabo Verde”, acrescenta o comunicado.

O Estado vendeu, em Março de 2019, 51% da TACV por 1,3 milhão de euros à Lofleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da Cabo Verde Airlines – nome comercial da companhia) e em 30% por empresário­s islandeses com experiênci­a no sector da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizad­a).

Na base da decisão de reverter a privatizaç­ão, o Governo alegou, em Julho, preocupaçõ­es como o “cumpriment­o com os procedimen­tos acordados de pagamento de despesas, registo contabilís­tico e contrataçã­o”, a “salvaguard­a dos interesses da empresa e objectivos da parceria em consequênc­ia de envolvimen­to em actos e contratos que revelam substância­s e sérios conflitos de interesse”, a “contribuiç­ão para o reforço da capacidade económico-financeira e da estrutura de capital” da companhia ou sobre a “concretiza­ção integral da venda directa em prazo, condições de pagamento e demais termos”.

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Ulisses Correia e Silva
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