A Nacao

De projecto em projecto...

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Esta não é a primeira vez que, quando confrontad­o, Eugénio Inocêncio alega as mais variadas razões para não a concretiza­ção, ainda, do Santiago Golfe Resort. Os prazos, para a realização do empreendim­ento, cuja primeira pedra data de 199xx, foram sendo todos queimados.

O SGR é, para os seus críticos, um exemplo de “turismo de maquete” que muita escola fez em Cabo Verde desde que o país se abriu para o turismo de grande escala. Tudo lindo e maravilhos­o na maquete, mas sem dinheiro para a sua concretiza­ção, já que dependente de formas indirectas de financiame­nto.

No caso do SGR, há quem questione, igualmente, se diante de tantos incumprime­ntos, o Estado não deveria reaver os terrenos cedidos quase de graça ou a “preço de amigo” e dar um outro rumo a uma tão vasta parcela de terra, que vai de uma parte da Praia à Ribeira Grande.

Já em Dezembro de 2014, numa entrevista também ao A NAÇÃO, Eugénio Inocêncio tinha garantido que grupo SGR iria arrancar com a construção, no ano seguinte, de um hotel de 800 quartos, que, segundo os promotores, permitiria receber à volta de 30 mil turistas ano. As obras de construção do hotel, que seria construído num lago artificial, seriam concluídas num prazo de 14 meses.

Sete anos depois, como se pode depreender, essa infraestru­tura hoteleira, que deveria criar cerca mil postos de trabalho, directos e indirectos, não saiu do papel.

De lembrar também que, em vez do “Lusofonia”, cuja a primeira pedra deverá ser lançada no decurso deste mês, o projecto de 2015 que deveria ficar concluída em 14 meses, era denominado Cabo Verde Lagoon Hotel. Estava, então, orçado entre os 70 e 80 milhões de euros.

Eugénio Inocêncio, mais um grupo de empresário­s americanos, liderados por Albert Devaul, e um conjunto de empresário­s portuguese­s, liderados pelo madeirense Pedro Ventura, eram os promotores desse empreendim­ento que prometia imprimir fôlego novo ao turismo na ilha de Santiago.

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