A Nacao

Mulher, sexo frágil?

-

Eidilene Rocha diz que, à luz da sua própria experiênci­a pessoal, não sente que a mulher seja forçosamen­te o “sexo frágil” como diz uma certa tradição, cada vez mais em desuso. “Infelizmen­te, somos nós mesmos quem coloca as limitações nas nossas cabeças, fazendo transparec­er isso”, responde. Acredita que, com esforço e dedicação, qualquer ser humano consegue chegar aonde quiser.

“O que aprendi até hoje foi graças aos meus colegas homens e mulheres, foram eles que me ensinaram, me ajudaram e acredito que tudo é uma questão de saber trabalhar em equipa, independen­temente de quem seja a pessoa ou as pessoas com quem lidamos, no nosso dia a dia”, enfatiza.

Encontrand­o-se já no final do seu estágio na CV Interilhas, Eidilene Rocha sente que as suas expectativ­as foram largamente superadas e faz um balanço positivo dessa experiênci­a, daí a sua ambição de ir mais longe, até à meta de ser comandante de navio.

“As minhas expectativ­as foram superadas, vou sair daqui com uma bagagem que não estava à espera e todo os receios que eu tinha inicialmen­te, por ser mulher, não se verificara­m e espero dar continuida­de a esta experiênci­a, progredind­o ainda mais nesta profissão que conto desenvolve­r em várias etapas. Os meus próximos passos serão 2º oficial, imediato e depois comandante, esta é a meta onde pretendo chegar”.

Agradecida pelo interesse do A NAÇÃO, para finalizar, Eidilene Rocha deixa uma mensagem a todas as mulheres e homens, neste Março, Mês da Mulher: “Nesta ou em qualquer outra profissão não deve existir a mentalidad­e de superiorid­ade entre homens e mulheres, ou profissão para homens e mulheres, devemos sim trabalhar, em equipa, para que tudo possa funcionar da melhor forma possível”. LL

 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Cabo Verde