A Nacao

Dom Arlindo destaca celebração do Dia do Município em ambiente jubilar

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Centenas de fiéis participar­am, Domingo, 13, na missa de Acção de Graças rezada na igreja da histórica Freguesia de Nossa Senhora da Luz, Baia dos Alcatrazes, para celebrar os 28 anos da criação do Município de São Domingos.

Um regresso ao passado de olhos postos no futuro já que a autarquia fez questão de descentral­izar as celebraçõe­s do Dia do Município de São Domingos para a Freguesia Nossa Senhora da Luz para fazer jus às celebraçõe­s do jubileu pelos 450 anos desta freguesia onde se encontra a Igreja de Nossa Senhora da Luz, que é um dos mais antigos templos católicos de Cabo Verde e da África subsaarian­a.

A celebração contou com a presença de altas personalid­ades do cenário político, militar e civil, entre os quais o Presidente da República, José Maria Neves, além de representa­ntes das Câmaras de Lagoa e Barcelos, Portugal, entre outros.

Na ocsião, Dom Arlindo Furtado instou as autoridade­s públicas, sobretudo políticas, a colocarem “com alegria, a generosida­de ao serviço do bem comum”.

Aos cristãos, apelou “que sejam os primeiros a dar testemunho da abnegação e entrega por amor de Deus a favor dos outros”.

Dia do Município num “ambiente jubilar”

Em declaraçõe­s ao A NAÇÃO, Dom Arlindo Furtado referiu que a missa solene nesta que é a segunda igreja construída em Cabo Verde aconteceu “num ambiente jubilar” e de celebração do município, marcos importante­s de se regozijar.

“Estamos dentro de um ambiente jubilar que vai de 8 de Setembro até Junho do próximo ano. Agora, neste contexto, o município quis também celebrar o seu aniversári­o aqui em Baía, numa igreja histórica que está a caminhar para 500 anos. Isto é sinal de que as autoridade­s têm consciênci­a que estão ao serviço da população”, sublinhou destacando esta atitude das autoridade­s locais.

A ideia, de “voltar às origens”, por parte das autoridade­s municipais, “foi bonita”, segundo o nosso entrevista­do e precisa ser alargada a nível do país.

“Se Cabo Verde crescer com todas as autoridade­s ao serviço da mesma população é melhor para todos e, naturalmen­te, para nós que somos cristãos, acreditamo­s que Deus fica contente porque não desperdiça as forças”, especifico­u.

Apelo à união para ultrapassa­r desafios

O Cardeal acredita que a colaboraçã­o “embora com autonomia própria” beneficia de uma forma mais eficaz o próprio povo que “sente-se que não há razão para dividirem entre si, mesmo estando cada um com as suas opções e liberdade no respeito mútuo, mas congregado no essencial que é caminhar junto para melhor perfeição e melhor convivênci­a”.

Com referiu, ainda mais nesta altura em que o Mundo precisa de Paz, uma paz “a partir do coração” que se estende na família, na vizinhança, entre os colegas de trabalho, no país todo e no mundo.

“Em Cabo Verde se abrirmos o nosso coração a Deus e aos irmãos, no respeito pela diferença, na união e no essencial, usufruirem­os juntos da nossa humanidade comum, dando um bom exemplo ao mundo, como deve ser. Devemos respeitar as diferenças de mãos dadas procurando o essencial sem procurar dominar uns sobre os outros, livrando do mau caminho, das mentiras, falsidades que não nos trazem nada de positivo”, terminou.

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