A Nacao

António Monteiro, adeus até ao meu regresso?

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No seu discurso de abertura oficial do congresso da UCID, na sexta-feira, 25, o presidente cessante António Monteiro apresentou os altos e baixos do partido durante os anos em que esteve à frente dessa formação partidária.

De partido ausente do Parlamento, a UCID passou a ser a terceira força política, passando de um deputado em 2001, para quatro em 2021, presente legislatur­a. Em São Vicente, de terceira força política, tornou-se no segundo partido mais votado, disputando, ombro a ombro, a Câmara juntamente com o MpD.

Em tom de autocrític­a, Monteiro admitiu, todavia, que não conseguiu tudo o que preconizou, mas, à luz da sua experiênci­a, garante que a união é chave para o sucesso da UCID. Apelou por isso a todos a deixarem as intrigas e desavenças de lado e a unirem-se, procurando nisso mobilizar mais jovens e mulheres para o partido.

Ao longo do seu discurso Monteiro fez menção a ausência de figuras importante­s e marcantes na história da UCID, nomeadamen­te a de alguns fundadores, bem como a do deputado Amadeu Oliveira, o terceiro da lista do partido na Assembleia Nacional.

Para Monteiro, o caso de Amadeu Oliveira é uma prova de que os problemas ainda existentes no país não são apenas os socioeconó­micos, mas também os de justiça.

“Não podemos aceitar que o deputado Amadeu Oliveira da UCID esteja a pagar por desafiado o poder judicial e ter colocado o dedo na ferida. A justiça não pode ser violada em que situação for e o Amadeu está sendo fortemente violado nos seus direitos”, disse.

Com a saída da liderança da UCID, António Monteiro que vai continuar engajado na luta por um Cabo Verde mais igual, democrátic­o e desenvolvi­do. LL

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