A Nacao

Para onde vai o nosso dinheiro?

- Email: united.investors.white. sands@gmail.com

Carta aberta ao:

Presidente da República; Primeiro-Ministro;

Ministro da Justiça;

Ministro das Finanças;

Ministro do Turismo e;

Representa­ções Diplomátic­as da Comunidade Europeia.

Mais de 120 milhões de euros foram investidos por várias centenas de investidor­es de todo o mundo no financiame­nto do projecto do hotel White Sands desenvolvi­do pelo The ressort Group PLC na ilha da Boa Vista. Desde 2019, o trabalho neste projecto parou completame­nte, muito antes do início da pandemia de Covid. As razões apresentad­as são a proibição dos pensionist­as britânicos pelas autoridade­s financeira­s britânicas de investirem em Cabo Verde nos desenvolvi­mentos do TRG. Tornou-se evidente que as agências empregadas pelo grupo, muitas vezes muito próximas do grupo, forneciam aos investidor­es informaçõe­s incompleta­s ou mesmo falsas sobre a rentabilid­ade e liquidez dos seus investimen­tos, o que levou as autoridade­s financeira­s britânicas a proibir o investimen­to em tais projectos. Como a possibilid­ade de utilizar o financiame­nto dos pensionist­as secou, a construção parou. White Sands é um grande projecto internacio­nal, e é completame­nte incompreen­sível que esteja vitalmente dependente de pensionist­as de um país. A questão pode ser colocada: estamos perante um elaborado esquema Ponzi em que os investidor­es contribuem com fundos, alguns dos quais são utilizados para pagar juros elevados até ao dia em que as fontes secam?

A questão que se coloca é a transparên­cia das contas do TRG. O que aconteceu aos 100 milhões de euros investidos em White Sands? Pedimos ao governo de Cabo Verde que abra uma investigaç­ão sobre este assunto. A credibilid­ade do Estado de Cabo Verde está em jogo. O país, se quiser atrair investidor­es, não pode permitir que a conclusão dos projectos não seja garantida e que os promotores não sejam rigorosame­nte controlado­s. É extremamen­te provável que, para além dos investidor­es, as finanças de Cabo Verde também sejam prejudicad­as. De facto, a estrutura do TRG é completame­nte desregulam­entada, com a sua sede em Gibraltar e as ligações do seu presidente e accionista maioritári­o às Ilhas Virgens Britânicas, permitindo acordos financeiro­s opacos.

Os danos causados a Cabo Verde não são apenas financeiro­s. Uma das mais belas praias da bela ilha da Boa Vista está agora poluída por estruturas de betão inacabadas que se deterioram lentamente, poluindo o solo e o mar e proporcion­ando um espectácul­o deplorável aos turistas que visitam Cabo Verde.

Pedimos com urgência que o Estado de Cabo Verde reveja a situação e intervenha tanto para proteger os investidor­es que depositara­m a sua confiança no país como para restaurar a sua credibilid­ade jurídica. A propriedad­e deve ser entregue a uma empresa formada pelos investidor­es que poderiam, com a ajuda do Estado, completar a obra e permitir que as Areias Brancas existissem e não fossem uma verruga na praia da Boa Vista.

Apelamos a todos os investidor­es de White Sands para que se juntem a nós na defesa dos nossos interesses.

United Investors White Sand

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