Padjinha, LGBTQIA+, serviço militar obrigatório
Questionado se a JPAI está disposta a defender bandeiras como a legalização do casamento LGBTQIA+, despenalização da marijuana e economia circular, Fidel Cardoso de Pina responde que a JPAI já tem estado a levantar várias “ideias progressistas” e que está a aberta, sim, a trazer novas ideias para os próximos tempos à consideração dos cabo-verdianos.
“Tanto é que, quando veio à baila um problema referente à comunidade LGBTQIA+, em que um deputado declarou ser 200% contra o casamento homossexual, a discussão veio na sequência de um encontro que a JPAI teve com as associações em São Vicente e Santiago”, recordou, indicando que, nos intercâmbios que tem feito com as congéneres internacionais, tem estado a perceber qual foi o processo nestes países, no sentido de trazer novas ideias também para Cabo Verde.
“Por exemplo, na moção sectorial, que apresentámos no congresso do partido, defendemos que 35% das listas, que para os cargos electivos a nível local e central, fosse ocupado por jovens até os 35 anos, o que é uma medida altamente progressista. Defendemos a limitação do número de mandatos para os presidentes das câmaras municipais, institutos públicos e outros órgãos ligados à administração do estado”, pontuou.
Sem levantar o véu sobre as propostas que levará a este congresso, em concreto, o líder cessante da JPAI indicou que algumas estão relacionadas com o serviço militar obrigatório, habitação e ensino superior.
“O serviço militar obrigatório não pode ser visto como um castigo. Nós entendemos que um jovem que entra no serviço militar obrigatório deve sair altamente capacitado, por exemplo, em línguas, tecnologias de informação e comunicação, com uma carta de condução, ou seja, preparado para que possa servir o país”, adiantou.