A Nacao

Fidel, o DJ deputado

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Fidel Cardoso de Pina, 33 anos, é actualment­e o mais jovem eleito deputado da nação. Descreve-se a si próprio como um jovem igual a qualquer outro, que sempre teve um “senso forte” para aquilo que são as associaçõe­s comunitári­as e estudantis.

“Escolhi a política e o PAICV para dar o meu contributo ao país e espero que outros jovens façam o mesmo”, exortou, indicando que a política é uma das maiores paixões da sua vida.

Filho de pais da ilha do Fogo e nascido em São Vicente, considera-se um “mucin d’ Fogo”, mas foi no Mindelo que cresceu e fez o ensino básico e secundário, antes de escolher a Bolívia para sua formação superior, em direito.

A nível profission­al, ainda na Bolívia, trabalhou como professor, gerente de projectos e de uma consultora e como coordenado­r de um programa do Banco Latino-americano de Desenvolvi­mento, conjuntame­nte com o ministério da educação, previdênci­a social e emprego do país.

Em Cabo Verde, foi director de uma empresa privada de merchandis­ing e publicidad­e, assessor jurídico do ICCA, contratado pela UNICEF, é professor universitá­rio, formador e consultor independen­te.

Para lá do jurista e político, com formação também em gestão, é ainda DJ. “Muitos não sabem, mas sou DJ, desde há muito tempo. Inclusive, ultimament­e, andam a me apelidar de DJ deputado, que é uma coisa nova”, refere, em tom sarcástico.

Para além de tocar, gosta de ouvir música, ver filmes, estar com a família e amigos, e de ler um bom livro. “Ultimament­e os textos que estou a ler são textos legislativ­os, já que sou membro da primeira comissão da Assembleia Nacional, mas tenho lido os livros que falam de Aristides Pereira.

A nível do futebol, é adepto do FC Porto, em Portugal, do Corinthian­s, no Brasil, do ABC na Praia, do Mindelense em São Vicente e Académica do Fogo.

Enquanto presidente cessante da JPAI e candidato à própria sucessão, diz que os jovens podem contar com a J, que estará sempre aberta a auscultá-los, defendê-los e, sobretudo, reivindica­r mais políticas que possam representa­r mais emprego, com salário condigno, com mais dignidade, com mais direitos, mais habitação condigna, mais oportunida­des para o empreended­orismo, financiame­nto ao ensino superior, formação profission­al e a própria reciclagem de jovens quando da administra­ção pública que querem continuar a estudar e especializ­arem-se.

“Este não é um projecto apenas para os nossos militantes, mas para todos e para o qual contamos com todos. Queremos ser a voz de todos, independen­temente da sua cor política”, terminou.

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