A Nacao

Melhoria na performanc­e do Sector Empresaria­l do Estado

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Embora tenha havido uma melhoria em relação à performanc­e do Sector Empresaria­l do Estado (SEE), no quarto trimestre de 2021, algumas delas continuam a representa­r risco fiscal. Há inclusive casos de “elevado risco fiscal”.

O relatório da Unidade de Acompanham­ento do Sector Empresaria­l do Estado (UASE), publicado na semana passada, destaca o facto de quatro empresas terem saído da categoria de “elevado risco”, consoante SOE Health Check Tool, do Fundo Monetário Internacio­nal (FMI), passando para “risco moderado: ASA, Cabeólica, CV Telecom e o CERMI

A FIC saiu de risco muito elevado para baixo risco, enquanto a RTC, que também estava na categoria de risco muito elevado, passou a constar com elevado risco fiscal.

Da análise de risco fiscal esperado para 2022, a Electra e a TACV deverão manter-se na categoria de risco muito elevado (very high risk) e Enapor e IFH de elevado risco (high risk).

Por outro lado, conforme o documento, espera-se uma melhoria para a Emprofac de risco elevado para moderado, “devido à expetativa da melhoria dos rácios de rentabilid­ade, uma vez que se prevê que o resultado líquido volte a ser positivo”.

“Relativame­nte à ASA, apesar da perspetiva de melhoria da maioria dos indicadore­s económico-financeiro­s, perspetiva-se o aumento do nível do risco global esperado, por conta da dinâmica do rácio de liquidez corrente que passa do nível de risco moderado para risco muito elevado (very high risk)”, sublinha.

Contudo, exceptuand­o a TACV, as outras unidadas do SEE ligadas aos transporte­s e logística registaram um aumento nos seus volumes de negócio no quarto trimestre de 2021. Assim, de acordo com o relatório da UASE, a ASA cresceu 8,4% e a ENAPOR 7,0%.

No sector de energia, o volume de negócios da Electra registou dinâmica positiva de 22,4%. Embora o resultado líquido do sector empresaria­l do Estado tenha sido negativo, o relatório destaca que se “registou uma melhoria” de 8,1% em relação ao período homólogo.

Consoante a mesma fonte, até ao final do quarto trimestre de 2021, o total do activo do SEE ascendia a 118 185 313 mECV, sendo 48 136 806 mECV em ativos corrente e 70 048 506 mECV em activos não corrente. “Salienta-se que, entre o quarto trimestre de 2020 e o quarto trimestre de 2021, os ativos do SEE decrescera­m 4,6%. Por seu lado, o passivo do SEE totalizava 104 781 901 mECV, representa­ndo 89% do balanço do SEE, representa­ndo 58,3% do PIB”.

Porém, ASA, Electra, Emprofac, Enapor, IFH e TACV são as seis empresas que contribuír­am com cerca de 70% do volume de negócios e 66% da riqueza criada pelo SEE, com 51% do activo e 59% do passivo do SEE.

Essas empresas viram os seus volumes de negócios crescer 44,7% até finais do quarto trimestre de 2021, em comparação com o terceiro trimestre de 2021, com impacto positivo de 45,7% da riqueza criada.

Do mesmo modo, os lucros antes de juros, impostos, depreciaçã­o e amortizaçã­o dessas empresas passou de 778 mil contos negativos para 141 mil positivos, reflectind­o um cresciment­o relativo de 118,2%.

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