Tarrafal, 105 anos
O concelho do Tarrafal comemorou também no passado dia 25 de Abril os 105 anos da sua elevação a município. Durante a sessão solene, na Assembleia Municipal, o edil José dos Reis manifestou a sua intenção de continuar a trabalhar para o progresso e o desenvolvimento da autarquia mais ao norte da ilha de Santiago.
Na ocasião, lembrou que, em 17 meses do seu mandato, com o apoio do Governo central, a sua edilidade levou avante um vasto programa de requalificação urbana e ambiental, melhoria de acessos e acessibilidades, permitindo que os jovens e as famílias das distintas localidades tenham acesso ao rendimento pela via do “trabalho digno”, fazendo face ao impacto da pandemia da covid-19.
Por sua vez, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que presidiu ao acto, saudou o município pelos seus 105 anos de fundação, dia também se comemora a Revolução dos Cravos, em Portugal, bem como pelo 1 de Maio, dia alusivo à libertação dos presos políticos do ex-campo de concentração.
“São de facto referências da história, que identificam este concelho com forte valor cultural de referência histórica, e também com forte potencial humano e económico. Com as famílias, os jovens empresários, a diáspora e as com as políticas públicas do governo e do município o futuro vai se construindo cada vez melhor”, concretizou.
Por seu lado, os eleitos municipais Adelino Silva, do Movimento Independente Tarrafal (MIT), Moisés Silva, do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, partido que gere a câmara municipal), e Manuel Landim, do Movimento para a Democracia (MpD, oposição) são de opinião que o município conheceu “ganhos” ao longo dos 105 anos da sua criação em vários sectores de desenvolvimento, sobretudo a nível dos recursos humanos.
Entretanto, reconheceram que ainda há a necessidade de desenvolver as suas potencialidades, mormente a pesca, a pecuária, a agricultura e o turismo.
O município do Tarrafal foi criado a 25 de Abril de 1917, através do Decreto Lei nº 3108-B de 25 de Abril, provocando a sua desintegração do Concelho de Santa Catarina que, até 1912, tinha a sua sede na vila do Tarrafal, agrupando as freguesias de Santo Amaro Abade e São Miguel Arcanjo.