A Nacao

Sem medo de “represália­s”

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A “confiança” do cidadão no Provedor da Praia é, para João Benício Cardoso, uma motivação para “manter de pé” a agora associação, apesar de ser um “hobby” difícil de sustentar, com direito a ameaças e represália­s.

“Não recebo nada e nem nunca vou receber nada por este trabalho. Sou engenheiro civil, tenho o meu emprego para ganhar a vida. Administra­r esta página é apenas um hobby, um dever cívico. Já tive represália­s, inclusive ameaças. A consequênc­ia mais grave no sentido de me amedrontar, foi terem partido os vidros da minha casa”, conta, referindo que no início, quando abriu a página, contava com dois colaborado­res que, “infelizmen­te”, se sentiram intimidado­s.

Mesmo sozinho, João Benício Cardoso seguiu “firme”, até agora em que resolveu partir para o associativ­ismo.

Superar outros “provedores”

No caso do Provedor da Praia, apesar dos amargos de boca, diz o seu mentor, a intenção é seguir “firme e forte”, contando para o efeito com os cerca de 12 mil seguidores, algo que mostra a “confiança” que as pessoas demonstram ter em relação à “página da cidadania”.

“É isso que nos dá força. As pessoas acreditam até que a nossa página faz muito mais do que a Defesa do Consumidor. A ADECO recebe cotas mensais de milhares de cidadãos, seus sócios, não só da Praia, como em todo o país, mesmo assim, segundo nos contam, não vêem resultados”.

“Vamos continuar na mesma linha daquilo que fizemos desde o início. Agora somos uma associação formada por 11 pessoas e estamos melhor preparados para dar melhores respostas”, sublinha João Benício Cardoso, garantindo que os seus colaborado­res são pessoas críticas, apartidári­as, escolhidas através da página para “juntos melhorarmo­s a cidade da Praia e porque não, Cabo Verde”.

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