Criminalidade “sem tréguas” na Praia
Acriminalidade na cidade da Praia continua a preocupar os cidadãos, principalmente porque os assaltantes estão cada vez mais criativos e resistentes, fazendo até reféns em mercearias, em plena luz do dia. Isto tudo, apesar de 75 mil apreensões feitas pela Polícia Nacional nos últimos nove meses.
Sobre os casos da criminalidade no país, mais concretamente na cidade da Praia, esta semana iniciou-se com um tumulto em Terra Branca. Uma mercearia na mesma zona foi assaltada na manhã de domingo,13, por um indivíduo de sexo masculino, fazendo sete reféns, sendo quatro funcionárias e dois clientes.
O caso que envolveu aparato da PN até se resolver, chocou a comunidade praiense, tendo em conta a “resistência” do assaltante.
Ferimentos ligeiros
Em declaração à imprensa, o proprietário da mercearia que não esteve entre as vítimas do assalto, pois não se encontrava no local no momento do assalto, afirmou que algumas pessoas que estavam dentro da loja tiveram ferimentos ligeiros e que, inclusive, algumas foram levadas para o hospital para fazerem o tratamento dos cortes.
Miguel Pereira contou ainda que o assaltante, um jovem, aparentemente com 17 a 20 anos, acabou por ser capturado pela PN que “teve uma pronta intervenção”.
Apelo à “mão dura” da Justiça
Após o sucedido, revoltado, Miguel Pereira apelou a justiça cabo-verdiana a ter “mão dura” com os meliantes que vêm semeando terror na capital do país. Totalmente revoltado, esse comerciante disse que essa não foi a primeira vez que a sua mercearia foi alvo de assalto.
“Já tentaram da outra vez e não conseguiram levar nada, mas fizeram danos avultados em relação aos produtos que estão na loja, porque um deles lutou com os reféns e caíram em cima de vários produtos que ficaram estragados ao ser esmagados com o corpo”, recordou.
A nova “moda” em assaltos De salientar que na cidade da Praia, são cada vez mais frequentes os assaltos à mão armada com contornos também mais violentos.
Testemunhas ouvidas pelo A Nação destacam o facto destes assaltos estarem a acontecer em lugares mais improváveis, nomeadamente em ruas e outros locais tidos como sendo os mais seguros.
Ou seja, “virou moda a onda de assaltos em paragens de autocarros de transporte público, mesmo em frente a várias pessoas que se sentem impotentes perante a ousadia e o nível de violência desses assaltos”.