O problema das startups em Cabo Verde
Como exemplo daquilo que deve e precisa ser mudado, José Maria Teixeira traz à tona a questão das “startup’s” e concursos que começam e depois não têm seguimento.
“As selecções de pessoas e projectos, a meu ver, não têm sido transparentes, e a quantidade de jovens que são efectivamente contemplados é muito reduzida”.
Refere ainda que a falta de monitorização aliada à falta de apoio directo também são falhas ainda por colmatar. Além de casos de jovens que “correm” atrás do governo central e local há dois anos ou mais, mas sem nenhuma resposta. “A associação tem recursos técnicos e humanos capazes, mas falta o financiamento, e isso sempre nos foi negado”, lamenta.
Empreendedorismo digital
José Maria Teixeira afirma que o empreendedorismo “real”, que ele denomina de “acção inovadora”, infelizmente, ainda muito pouco se vê no país.
“O que se vê são acções de negócios, quando negócio e empreendedorismo não são necessariamente a mesma coisa”. Sendo que “o empreendedorismo comunitário é uma vertente ainda mais difícil de se encontrar”.
Porém, é sua convicção que “empreendedorismo e inovação não se distanciam”, pelo contrário, “andam de mãos dadas”.
Neste quadro, Associação Jovem Empreendedor de Cabo Verde tem no ensino do empreendedorismo digital uma “ferramenta chave” para mudar a “dinâmica” das comunidades. “O digital é a plataforma perfeita para os jovens terem contacto com outras realidades e comunidades e isso os ajudará a desenvolverem estratégias inovadoras para resolver problemas das suas comunidades”, assegura.