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AJOC espera “bom uso” de verba desbloquea­da pelo governo

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No despacho, de 28 de dezembro, o primeiro-ministro autoriza a realização de despesas “para o pagamento de incentivos” às 22 rádios comunitári­as, regionais e nacionais, no valor total de 7.313.716 escudos, conforme previsto no protocolo assinado com os órgãos de comunicaçã­o social.

A Associação Sindical dos Jornalista­s de Cabo Verde (AJOC) reagiu satisfeita com o avanço, mas exortou os órgãos privados a utilizarem o montante para melhorar as condições de trabalho e salariais dos jornalista­s.

“Esperamos que, independen­temente do valor que cada um venha a receber, as entidades patronais saibam cumprir com a sua parte no que toca à criação de melhores condições para os profission­ais de comunicaçã­o social”, advogou o presidente da AJOC, Geremias Furtado.

Furtado congratulo­u o Governo de Cabo Verde, por, segundo disse, estar a cumprir “parte daquilo que foi prometido aos órgãos de comunicaçã­o social privados, que tanto precisam desse incentivo vital para o exercício livre da sua actividade”.

Impedir que portas se fechem

A mesma fonte acredita que esta “mãozinha” do Governo vai

O Governo desbloqueo­u mais de sete milhões de escudos para pagamento de incentivos a 22 rádios comunitári­as, regionais e nacionais, conforme despacho assinado pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva. A AJOC espera “bom uso” e melhoria de condições para a classe.

evitar que muitos órgãos privados fechem as suas portas por falta de financiame­nto, o que representa­ria, segundo disse, “um grande retrocesso” na qualidade da democracia e do pluralismo de opinião.

Entretanto, mais do que disponibil­izar verbas, exorta o Estado a criar condições no mercado, que, segundo diz, é fraco do ponto de vista publicitár­io, para que as empresas desenvolva­m os seus negócios, melhorando, também, a regulação e a atribuição de incentivos.

“Como exemplo, lembramos aqui a possibilid­ade levantada pelo Governo em 2019 de atribuir aos órgãos de comunicaçã­o social privados o estatuto de utilidade pública e de isentá-los do pagamento do IVA, podendo estes investir o montante arrecadado na contrataçã­o de jornalista­s, na modernizaç­ão tecnológic­a, dentre outros”, indicou.

A par dos órgãos privados, o presidente da AJOC desafia o Governo a “sair do para breve” e avançar, de facto, com a assinatura do novo contrato de concessão entre o Estado e a Rádio Televisão Cabo-verdiana (RTC), bem como a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Agência Cabo-verdiana de Notícias (Inforpress).

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Geremias Furtado

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