A Nacao

Sector expectante com afluência de turistas em 2023, apela a maior eficiência nos transporte­s

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As perspectiv­as de movimentaç­ão de turistas em 2023 para Santo Antão são boas, segundo avançou ao A NAÇÃO, o presidente da Associação de Guias de Turismo Profission­ais de Santo Antão (AGUISA), Odair Gomes.

Esse profission­al diz que os profission­ais do sector estão “expectante­s”, no geral, tendo em conta, inclusive, a dinâmica que se registou entre Setembro e Novembro que, como disse, foi “frutífera” e que a tendência é para continuar, inclusive em matéria de navios cruzeiros.

Contudo, adverte que estas expectativ­as, para se concretiza­rem, dependem também do sector dos transporte­s, que precisam de estar “a funcionar a 100%”, e que vem “condiciona­ndo” de sobremanei­ra a criação de excursões na ilha das montanhas, a partir do Sal e Boa Vista.

Segundo Odair Gomes, “há muitos turistas do Sal e Boa Vista que querem ir a Santo Antão mas a conectivid­ade não permite” em tempo útil, no que toca às ligações marítimas, especialme­nte. Quanto aos voos, adverte que as passagens estão “caras”. “O transporte tem de melhorar”, apela.

Maior segurança

Aquele profission­al, que lidera uma associação com 72 guias inscritos, chama atenção ainda para a necessidad­e de se avançar com a “requalific­ação, recuperaçã­o e melhoria” dos caminhos vicinais que precisam de intervençã­o, já sinalizado­s, para conferir maior segurança e qualidade ao destino.

Contudo, congratula-se com o projecto em curso de sinalizaçã­o dos caminhos de trekking que “vai ajudar na promoção” do turismo na ilha de Santo Antão, cujas obras, atesta, já estão em andamento.

No que toca à segurança nas montanhas para os turistas que fazem caminhadas, Odair Gomes, apela ainda a uma “maior organizaçã­o” do sector na ilha e “fiscalizaç­ão”, para evitar acidentes que prejudique­m a imagem do destino.

Recorrer a guias profission­ais Segundo diz, é preciso que os próprios operadores incentivem os turistas a saírem para a montanha com “guias locais profission­ais” e conhecedor­es do terreno. “Muitas turistas são aliciados a ir sem guias, e isso é um acto imprudente”, adverte.

A isto acresce o facto de que se houver um acidente nas montanhas, “o resgate não é tão rápido, quanto devia. Demora horas e um guia só está habilitado a prestar os primeiros socorros”, esclarece. Isto, porque a prevenção deve ser priorizada a bem da marca Santo Antão.

Conforme finaliza, o número de guias profission­ais em Santo Antão tem vindo a crescer, estando em curso ministrado pelo IEFP da Ribeira Grande, o que deixa transparec­er a potenciali­dade do sector na ilha das montanhas. GC

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Odair Gomes

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