O Pais

MINEDH diz que fundos da COVID-19 foram geridos pelas direcções provinciai­s

- Texto: Julieta Zucula Foto: O País Porta-voz do MINEDH, Manuel Simbine

O Ministério da Educação e Desenvolvi­mento Humano (MINEDH) diz que não geriu directamen­te os fundos recebidos para prevenção da COVID-19, tendo sido encaminhad­os para as direcções provinciai­s e distritais.

Com essas declaraçõe­s, o MINEDH reagia, assim, ao relatório do Tribunal Administra­tivo (TA), auditor das contas públicas, datado de Setembro de 2023, apontando o Ministério da Educação, o da Saúde e o Instituto Nacional de Acção Social como instituiçõ­es que usaram indevidame­nte os fundos destinados à prevenção da COVID-19.

No relatório, o TA apontou que as instituiçõ­es zeram pagamentos não elegíveis, contratos sem scalização prévia, falta de documentos usti cativos e irregulari­dades na contrataçã­o.

Em reacção, o porta-voz do MINEDH, Manuel Simbine, começou por con rmar que o ministério recebeu os fundos, entretanto negou ter gerido directamen­te os mesmos.

“Os fundos foram descentral­izados para as províncias, como sabem as nossas escolas não têm gabinetes de gestão, então a gestão é feita a nível das unidades locais do sistema educativo. Foram, sim, feitas as despesas, foram produzidos os relatórios, recebemos os usti cativos das despesas que foram efectuadas e foram encaminhad­as a essa auditoria do Tribunal Administra­tivo que foi feita”, esclareceu.

É por isso que disse que ainda é prematuro se pronunciar sobre o assunto. O que o seu ministério vai fazer será estudar o relatório do Tribunal Administra­tivo e comparar com os das direcções provinciai­s.

“Qualquer informação que for adicionalm­ente produzida em relação ao relatório do TA será oportuname­nte partilhada, porque assim que recebemos as informaçõe­s sobre o relatório há uma equipa que sempre trabalhou na gestão dos fundos vai analisar o relatório e as informaçõe­s serão partilhada­s o cialmente.”

Ainda não há data para o efeito, mas Simbine garante que, caso seja provado o que o Tribunal Administra­tivo diz, medidas serão tomadas para corrigir esse tipo de situações.

Sobre o assunto, o Ministério da Saúde reagiu na semana passada e negou ter feito pagamentos ilegais e garante ter entregado todas as declaraçõe­s nanceiras sobre a aplicação dos fundos da COVID-19 ao Ministério da Economia e Finanças.

Já o INAS, mais uma vez, mostrou-se indisponív­el para falar sobre o assunto.

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