Um morto e mais de 500 desalojados na Cidade de Maputo na sequência do “Filipo”
Uma pessoa perdeu a vida, na Cidade de Maputo, na sequência do mau tempo que se fez sentir na terça-feira, causado pela passagem da tempestade tropical severa Filipo.
O fenómeno, caracterizado por chuvas e ventos fortes, provocou ainda a destruição de infra-estruturas como escolas, centros de saúde e deixou condicionadas várias vias de acesso.
Dados do Município de Maputo apontam para 17 escolas afectadas e um centro de saúde encerrado. A edilidade da capital do país fala de mais de cinco mil pessoas afectadas, tendo sido abertos cinco centros de acolhimento.
Os distritos de Kamubukwana, Kamavota e Kamaxakene foram os mais afectados pela passagem da tempestade tropical severa Filipo.
De acordo com a vereadora de Saúde e Acção Social, Alice de Abreu, são necessários mais de seis milhões de Meticais para o atendimento da situação humanitária, que vem agravar a situação da cidade, com vários problemas de habitação e o acesso aos serviços básicos.
“Neste momento, temos cinco centros de acomodação que estão a funcionar, sendo três em Kamubukwana, dois em Kamavota, e será nalizada a abertura de mais um no distrito municipal Kamaxakene para responder à preocupação das famílias que se encontram à volta da bacia de retenção de água no bairro de Maxaquene C”, explicou Alice de Abreu.
Das 17 escolas afectadas, cinco estão a funcionar de forma condicionada devido ao facto de os pátios e o seu interior se encontrarem alagados.
A vereadora de Saúde e Acção Social disse ainda que “Noroeste 1, Inhagoia, Chiango, bairro Jorge Dimitrov, vulgo en ca, e Inhagoia são as mais assoladas.”
O Conselho Municipal de Maputo dispõe, neste momento, de um camião e um de tractor para o exercício de escoamento das águas, para além de quatro bombas de pequeno porte.
Por outro lado, segundo deu a conhecer o Município de Maputo, o Centro de Saúde de Hulene está condicionado em termos de funcionamento, e também a maternidade do Centro de Saúde Primeiro de Maio não está a funcionar.
“Estamos a envidar todos os esforços para a alocação dos utentes em outros centros hospitalares mais próximos, com destaque para José Macamo e Mavalane.”
Na área de saúde, foram diagnosticados 512 casos de diarreia e 217 situações de malária. Neste momento, ainda decorre a contabilização dos prejuízos acumulados na área de agricultura, sendo que Kamubukwana e Kamavota são os mais afectados.
Ainda na conferência de imprensa de balanço dos estragos provocados pela passagem da tempestade tropical Fiipo, a vereadora da Saúde e Acção social no município da capital do país avançou que, nos centros de acomodação em activo, já houve identi cação de cinco casos de conjuntivite. As pessoas diagnosticadas estão, neste momento, a seguir o tratamento.
“Continuamos a monitorizar os cinco casos já mapeados ao longo dos centros de acolhimento, devido ao protocolo de tratamento. Queremos evitar que a situação tome proporções alarmantes”, disse Alice de Abreu.
Edilidade de Vilankulo sem meios para repor a avenida Marginal
O Conselho Municipal da Cidade de Vilankulo, em Inhambane, vai interditar a circulação de viaturas na marginal, por constituir perigo para os utentes devido à acentuada degradação por conta da passagem da tempestade tropical Filipo.
Segundo o edil de Vilankulo, Quinto Vilankulo, a medida visa evitar a ocorrência de acidentes, tendo em conta que os solos poderão ceder, por pressão das viaturas.
Quinito Vilankulo diz que a edilidade não tem capacidade nanceira para qualquer tipo de obras de reabilitação da rodovia.