Utilidade do “lambibotismo”
Imagina uma moça solitária, sentada num banco de um jardim, com rosto todo cristalino e transbordando pelos olhos a dor que lhe vai na alma. Agora imagina uma esposa que depois de erros vive se culpando. Agora pára de imaginar.
Virou moda ver e ouvir maus usuários do “lambibotismo”. É na televisão, rádio, jornal, revista, escola, no posto de trabalho, enfim está tudo cheio de gente com muita conversa bajuladora em lugar ou momento impróprio e que a cada dia corrompe a grande importância que o “lambibotismo” teria para a humanidade quando bem utilizado. Actualmente, dá até graça realçar a grande importância do “lambibotismo” para humanidade, por isso antes de avançar é preciso esclarecer a diferença entre um bom lambe-botas e um mau. A diferença está basicamente interligada com a finalidade, ou seja o custo de oportunidade (trade off) de cada um deles.
Enquanto o trade off do mau “lambibotista” é essencialmente criar condições para obter favores de gente poderosa, o do bom é especialmente promover um bom estado emocional no seu semelhante (seja ela poderosa ou não). Outra particularidade do bom “lambibotista” é que ele apenas realiza a sua acção quando vê que o outro não tem outra alternativa senão parar de chorar, erguer-se e ir a luta.
É útil um lambibotista para a moça solitária (que imaginou logo no início), pois ele ajudaria a jovem a recuperar o seu estado emocional e desta forma poder enfrentar os desafios que lhe vêm pela frente como uma líder. É este tipo de lambe-botas que o mundo precisa: gente que bajula para contrastar com o grande nível frustração no seu semelhante e assim motiva-lo a ficar de pé e de cabeça erguida enfrentar desafios.
Agora, é inútil e desprezível o mau lambe-botas. O mundo não precisa de gente que aproveita as crises para bajular os seus superiores hierárquicos,
humanidade.. dizendo o que eles querem ouvir e encorajando-os a persistirem no erro, pois isso é totalmente e inequivocamente prejudicial para o desenvolvimento da