Açores Magazine

“Queremos ter no Santa Maria Blues mais bandas da região”

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Diretor Artístico do Santa Maria Blues/ Vice-presidente Ass. Escravos da Cadeínha Este ano será para manter a linha de continuida­de que tem existido na preocupaçã­o da direção artística de apresentar dentro do Blues, diferentes géneros/correntes, consoante a área geográfica de onde chegam os músicos. Não menos importante é o espaço a dar às bandas regionais. O ano passado, infelizmen­te, não foi possível ter ‘prata da casa’, embora tivéssemos conseguido em edi- ções anteriores. Este ano, voltamos a ter sons do nosso arquipélag­o. Apesar de não residirem, são todos de São Miguel: Triki&Franco Blues Band. É a banda que vai abrir a edição deste ano. É uma preocupaçã­o, mas é também uma responsabi­lidade que entendemos ter no sentido de ir educando e dando espaço ao Blues que se faz na Região. E é esse caminho que vamos continuar a seguir. Falta os músicos da Região deixarem-se influencia­r. E a verdade é que o Blues permite isso com facilidade. Recorde-se que, na sua génese, o blues influencio­u o rock, soul, funk, entre outros géneros. E o que é necessário é isso… Que os músicos açorianos sintam esse potencial inspirador e apostem nesse caminho. E estamos a crer que se caminha para isso. Há cada vez mais gente a ouvir Blues, a querer conhecer e, com isso, a apreciar e a render-se… Temos tido esta tradição ter sempre o Blues regional e nacional na noite de arranque do festival. Os outros nomes resultam de escolhas baseadas no Blues que vai surgindo no mundo e que vamos ouvindo. E ouvimos muito. Depois discutimos nomes e vamos fazendo uma triagem, tendo sempre em mente um de muitos requisitos: a diferença, de estilos/influência­s. Depois são os contactos. Às vezes, pensamos que não vai ser possível, que é demasiado ambicioso. Contudo, a experiênci­a tem mostrado que, talvez por via do portfólio que já construímo­s, chegar até esses nomes mais sonantes não é complicado, assim como conseguir garantir uma presença. Ainda assim, exige esforço, planeament­o e visão. Felizmente, é com muita satisfação que vemos o trabalho de consolidaç­ão do Santa Maria Blues dar frutos no que respeita ao reconhecim­ento das próprias bandas além-fronteiras.

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